Produtor entrega Carta de Teutônia à indústria

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Com caminhada até a sede da indústria Elegê, a Fetag protestou ontem, em Teutônia (RS), pelo baixo preço pago pelo litro de leite ao produtor. No local, os produtores entregaram um documento chamado Carta de Teutônia contendo as principais reivindicações do setor.

Entre os pedidos estão preço-base do litro de leite compatível com os custos de produção de R$ 0,53; campanha de valorização e ampliação do consumo de leite; controle e fiscalização das importações, especialmente do soro de leite, e revisão dos acordos comerciais dos produtos lácteos.

A direção da indústria prometeu avaliar os pleitos. O presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, criticou o procedimento das indústrias em baixar os preços pagos aos produtores que, segundo ele, investiram em tecnologia com a esperança de conseguirem remuneração justa. "E agora, os produtores são surpreendidos com a diminuição dos preços", desabafa.

O presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, anunciou para breve inauguração de fábrica de leite "que irá possibilitar adoção da filosofia de remuneração da cooperativa".

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe MilkPoint
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João Francisco S. Vaz
JOÃO FRANCISCO S. VAZ

PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 16/09/2005

Prezado Redator,



Visito diariamente, a trabalho, produtores de leite do Rio Grande do Sul, há pelo menos 15 anos, e percebo muitos avanços, mas também uma estagnação na relação entre os elos da cadeia de produção, mais especificamente produtor/laticínio ou cooperativa.



O que o produtor, e principalmente suas lideranças (FETAG, SINDICATOS, etc) precisam entender, é que: em todos os países produtores de leite, existe uma queda de preços pago ao produtor, em alguns momentos do ano, por inúmeros fatores.



É muito justo, também, que os produtores tenham total liberdade em protestar e exigir melhores preços, através de mecanismos de pressão como este, desde que ocorram dentro da lei.



Algumas coisas precisam ser melhor analisadas, como por exemplo exigir um preço mínimo de R$0,53 pelo litro de leite, para cobrir os "custos".



Ora, sabemos que o RS é um verdadeiro mosaico no que diz respeito a sistemas de produção de leite, e consequentemente apresentam "custos de produção" muito distintos. Cada região tem sua particularidade: umas utilizam mais mão-de-obra familiar, em relação à mão de obra contratada; umas produzem pasto mais barato e de melhor qualidade que outras; umas estão mais próximas a centros consumidores, com menos gastos com fretes, e por aí vai.



Tudo isso impede que haja sucesso na fixação de um preço mínimo para o leite. Seria mais fácil praticar, por exemplo, preços mínimos para a agricultura empresarial (soja, cana, arroz irrigado), que tem variações mínimas entre custos de produção entre as regiões.

Qual a sua dúvida hoje?