Produtor de Leite ganha força com Arranjo Produtivo Local
Publicado por: MilkPoint
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Do município de Cachoeira de Macacú, localizado na região serrana do estado do Rio de Janeiro, vem um exemplo que pode ser seguido. Mesmo sem tradição e vocação para a pecuária, os produtores rurais se uniram em uma cooperativa. O leite produzido em 32 fazendas da região é industrializado ali mesmo no laticínio montado pelos produtores. Leite tipo C, iogurte e queijo são alguns dos produtos que saem da cooperativa e são distribuídos em pontos de venda nas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói.
No sertão de Alagoas, na região do município de Major Izidoro, os pequenos pecuaristas se uniram ao Sebrae e ao Governo do Estado para estruturar o Arranjo Produtivo Rural de Laticínios. O APL de Alagoas parece ser o mais bem organizado neste setor aqui no Brasil.
De acordo com o gerente do projeto de estruturação do APL de Laticínios em Alagoas, Ronaldo Silva, os principais benefícios esperados são: o aumento da interação e da cooperação entre produtores e empreendedores; maior atração de capitais; aumento do dinamismo empresarial; redução dos custos e riscos empresariais; promoção de inovações tecnológicas; maior agilidade e flexibilidade da mão-de-obra; melhoria da qualidade de vida no Estado. O APL deverá tornar-se um dos mecanismos que o Governo pretende acionar para promover a inclusão social de milhares de trabalhadores, famílias e empreendedores que operam no mundo dos micros e pequenos negócios de Alagoas.
Segundo dados levantados pelo Sebrae, em 1990 a bacia leiteira de Alagoas formava o maior centro produtor in natura de leite da Região Nordeste do Brasil. Atualmente essa atividade enfrenta sérios problemas de competitividade, por diversos motivos, especialmente no segmento de pequenos produtores. Isso pode ser evidenciado pela queda de produção de leite em cerca de 30%, na última década.
Atualmente, cerca de 70 a 80% dos produtores de leite, de toda a cadeia de laticínios, são considerados pequenos. Dentre todos os produtores desta cadeia, 40% produz 50 litros/leite/dia, e apenas 7% produz acima de 500 litros/dia. A cada ano, essa cadeia se expande nos pólos de Viçosa e União dos Palmares, assim como no vale do Rio Paraíba, na zona da mata alagoana, e também no litoral norte, que começa a despontar na atividade leiteira. Mas a maior parte do leite produzido no estado ainda se concentra na região do sertão (60,57% da produção total), apesar da falta de mão-de-obra qualificada e de abastecimento d' água.
Linhas de Crédito
A produção e a industrialização de leite podem ser financiadas pelos bancos federais brasileiros. No Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, o produtor encontra programas específicos para a compra de equipamentos para laticínios ou para o custeio da produção de leite ainda no pasto.
Fonte: Geranegocio, adaptado por Equipe MilkPoint
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