Produção de leite crescerá em países com demanda em elevação

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Das 578 milhões de toneladas de leite de vaca e de búfala produzidas em 2003, apenas 7% foram comercializadas no mercado internacional. A informação foi passada por Ruben Núñez, gerente geral da Conaprole, a maior cooperativa de laticínios do Uruguai e que deve, sozinha, exportar US$ 120 milhões de dólares em lácteos em 2004. Núñez também é presidente da Fepale, Federación Panamericana de Lecheria.

Núñez participou do Congresso Internacional do Leite, realizado de 4 a 7 de novembro em Campo Grande, MS, pela Embrapa Gado de Leite e parceiros, com um público superior a 1000 pessoas e com a presença de lideranças como o governador de MS, Zeca do PT e do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, entre outras personalidades políticas e lideranças setoriais.

A conclusão de Núñez é que os mercados internos são 13 vezes mais relevantes do que os mercados internacionais. As razões para isso são várias: o leite é produzido globalmente, trata-se de um mercado altamente protegido e a produção tem crescido nos países em desenvolvimento, justamente os que têm apresentado aumento da demanda. Ele mostrou também que o crescimento do comércio internacional dependerá bastante do crescimento da economia mundial. "Os maiores aumentos nas importações ocorrerão em países cujo PIB mais crescerá", observou.

"O Brasil apresenta características muito interessantes para o setor de laticínios, porque é de "dupla aptidão", pode competir favoravelmente no mercado externo, mas ao mesmo tempo tem um enorme potencial no mercado interno", disse Marcelo P. Carvalho, coordenador do MilkPoint e comentarista da palestra de Núñez. "Teremos, até 2050, cerca de 48 milhões de habitantes a mais, um dos maiores crescimentos absolutos nesse período", afirmou.

Apesar do crescimento modesto de 0,9% na produção mundial de leite verificado desde 1992, algumas regiões como o Mercosul e Chile, tem crescido a taxas entre 2,8 e 4,1%, embora de 2000 a 2003 o valor tenha caído a 0,7%, fruto da crise da produção da Argentina. A Oceania, capitaneada principalmente pela Nova Zelândia, tem crescido entre 4 e 5,2% ao ano, mas há limites para a continuidade do crescimento. A Austrália, por exemplo, tem um grave problema de disponibilidade de água e a Nova Zelândia, de terras. Segundo Núñez, as perspectivas são de aumento no crescimento mundial, atingindo 1,5%, centralizado na América do Sul, Oceania, Índia, Paquistão e China.

A China, por exemplo, de 1991 a 2000 cresceu 5,9% em média, mas nos últimos 3 anos o crescimento passou de 20% ao ano, ao passo que a Índia, maior produtor mundial, com cerca de 90 bilhões de litros anuais, está crescendo a uma taxa de 4,7% ao ano.

Núñez apontou ainda que a produção por vaca no Mercosul é muito baixa, na casa de 2.000 kg/vaca/ano, com potencial de atingir a produção da Oceania, de 4.300 kg/vaca/ano.

Fonte: MilkPoint
QUER ACESSAR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?