Prevenção da mastite deve começar antes do parto

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Pesquisa constata ganho para a produção quando terapia preventiva é aplicada

Ainda pouco utilizada nas fazendas leiteiras do Brasil, a estratégia de proteger novilhas contra mastite já no período pré-parto garante ganhos na produtividade. Uma pesquisa de mestrado, defendida recentemente na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), traz novas evidências sobre os benefícios da terapia preventiva.

O estudo foi realizado com 33 novilhas. Os animais foram divididos em quatro grupos: grupo 1 (oito animais) recebeu antimastítico para vaca seca (Albadry Plus) e vacina (Enviracor, para prevenção de mastite ambiental) no período pré-parto; grupo 2 (nove novilhas) recebeu apenas antimastítico; grupo 3 (oito novilhas) recebeu só a vacina; grupo 4 (oito novilhas) não recebeu antimastítico nem vacina.

Os animais foram acompanhados por 191 dias. Os resultados mostram que as novilhas do grupo 1 foram as que produziram mais leite. "Em comparação aos animais do grupo 4, cada fêmea do grupo 1 produziu 798 quilos a mais de leite em todo o período estudado", diz o veterinário Renison Teles Vargas, que realizou a pesquisa. Cada novilha do grupo 1 produziu 4,18 quilos a mais de leite por dia do que as do grupo 4 (veja quadros com resultados abaixo).

No grupo 1, houve menor número de casos de mastite - apenas duas novilhas tiveram a doença. Já no grupo 4, seis animais ficaram doentes. Quando a porcentagem de leite descartado por causa do tratamento da mastite é analisada, o estudo mostra que os grupos 1, 2 e 3 estão dentro do padrão de normalidade: até 1% de dias com descarte do leite. No grupo 4, o descarte ocorreu em quase 4% dos dias.

"Há seis vezes maior risco de a fêmea contrair mastite no período pré-parto do que no de lactação", explica a professora e veterinária Mônica Cerqueira, orientadora da pesquisa. "Por isso é tão importante fazer a prevenção antes de o animal parir e começar a produzir leite."

Vargas contabilizou custos e benefícios da estratégia preventiva. A prevenção com antimastítico e vacina nas oito novilhas do grupo 1 custou R$ 409,00. Dois animais desse grupo tiveram mastite e precisaram de tratamento, o que custou R$ 331,00. No grupo 4, não houve custo com prevenção. Em compensação, o tratamento dos seis animais que ficaram doentes custou R$ 1.318,00. No fim das contas, o grupo 1 proporcionou um ganho para a fazenda de R$ 3.092,00 e o grupo 4, um prejuízo de R$ 1.318,00.

Os resultados mostram ser melhor prevenir e ganhar do que arriscar e perder. A mastite, inflamação da glândula mamária da vaca, é o principal vilão da produtividade nas fazendas de leite. "De forma geral, a mastite equivale a 38% dos casos de doenças que acometem o rebanho leiteiro, sendo responsável por 25% das perdas econômicas de uma fazenda", diz Vargas.

Resultados da pesquisa

Média de produção de leite (quilos/animal/dia)

Grupo 1: 30,75
Grupo 2: 29,61
Grupo 3: 27,66
Grupo 4: 26,57

Leite descartado (% de dias de descarte)

Grupo 1: 0,99
Grupo 2: 1,01
Grupo 3: 1,04
Grupo 4: 3,98

Número de animais com mastite

Grupo 1: 2
Grupo 2: 3
Grupo 3: 2
Grupo 4: 6

A Pfizer é uma empresa de origem norte-americana que pesquisa, desenvolve e comercializa medicamentos líderes nas áreas de saúde humana e animal, além de possuir algumas das marcas mais conhecidas no setor de consumo. Presente em mais de 150 países, a empresa está no Brasil desde 1952 e, atualmente, tem mais de 2 mil funcionários.

Fonte: CDN - Companhia de Notícias (por Luciana Miranda / Luna Andrade), adaptado por Equipe MilkPoint
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