Preços do leite em Goiás apresentam pequena redução

para economista, não há razão para queda

Mesmo com oferta ajustada à demanda, o preço do leite teve ligeira queda de setembro para outubro, conforme constatação da Comissão de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O valor médio pago em setembro pelo litro de leite entregue em agosto ficou em R$ 0,55. Já no pagamento de outubro, pelo produto entregue em setembro, a cotação média ficou em R$ 0,53, algo em torno de 3,65% menos.

De acordo com o economista da Faeg, Edson Alves Novaes, não há razão para queda no preço do leite e a expectativa é que os valores pagos este mês sejam mantidos no pagamento de novembro pelo leite entregue agora. Segundo ele, a oferta continua ajustada à demanda e a recuperação das pastagens, fator que aumenta naturalmente a produção de leite, só ocorrerá a partir da segunda quinzena de novembro.

Um levantamento realizado pela Faeg mostra que de janeiro a setembro deste ano houve redução de 4,04% na oferta de leite, considerando-se a captação de 16 cooperativas que atuam no setor lácteo, quadro que se projeta também para os demais laticínios. Além disso, as exportações de produtos lácteos estão em crescimento, o que contribui para enxugar ainda mais o mercado interno.

De janeiro a setembro deste ano, os custos de produção aumentaram em média 30%, representados principalmente pelas altas de medicamentos, rações e mais recentemente os combustíveis. Uma remuneração satisfatória deveria ter piso mínimo de R$ 0,60. Mas somente os criadores tecnificados e que produzem grandes volumes recebem este valor. A grande maioria fica com o valor médio ou um menor valor.

É justamente pela baixa remuneração e pelos custos elevados que muitos produtores têm colocado touros nelores na vacada de leite, com o objetivo de obter animais mais rústicos, menos exigentes em nutrição e de melhor valor na hora da venda. O resultado é a queda na produção de leite.

Fonte:O Popular, adaptado por Equipe MilkPoint