Plano de resgate da Parmalat exclui Brasil

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O administrador da Parmalat indicado pelo governo italiano, Enrico Bondi, entregou ao ministro da Indústria da Itália, Antonio Marzano, a versão final de seu plano de recuperação do grupo de alimentos insolvente. O programa não prevê a continuidade da atividade no Brasil. Ele pede para que a empresa abandone suas unidades latino-americanas e asiáticas e se concentre na Europa e América do Norte.

Até o ano passado, antes da empresa entrar em colapso, a Europa era a região que mais contribuía para o faturamento da Parmalat, com 38,5% das vendas. A América do Sul correspondia apenas 16,5% da receita.

Segundo Nelson Bastos, presidente da Parmalat no Brasil, a decisão da matriz seguiu uma ótica racional. "A operação brasileira não era enorme e nunca foi rentável. A Itália não tem condições de manter a propriedade aqui", explica.

De acordo com o executivo, o Brasil era a 6a maior operação da Parmalat no mundo. Neste ano, nos demonstrativos financeiros apresentados pela Itália, o Brasil representou apenas 2,3% da receita da multinacional.

Na América do Sul, as unidades da Argentina e do Chile já foram colocadas à venda. Na Ásia, a fábrica da Tailândia já foi vendida. No Brasil, a situação da Parmalat é um pouco diferente. A empresa entrou na Justiça com um pedido de concordata em fevereiro. A 29a Vara Cível de São Paulo deve aprovar ou não o pedido no próximo mês.

Caso seja concedida a concordata, afirma Bastos, a Itália ainda deve manter o controle acionário da unidade brasileira, visando manter a operação para maximizar o valor dela e atender aos credores.

Segundo um programa industrial elaborado pela consultoria A.T. Kearney, a Parmalat mundial deverá concentrar suas atividades em leite, queijo e suco, com 30 marcas de produtos globais ou fortes regionalmente. Além disso, a empresa só manteria suas atividades em países onde fosse pago um preço mais alto pelas marcas da Parmalat.

Licenciamento da marca

Mesmo não fazendo parte do plano de reestruturação, a Parmalat Brasil manterá um contrato de licenciamento da marca e cooperação industrial com a matriz, informou ontem (22/06) o presidente da empresa no Brasil, Nelson Bastos, ao Jornal Estado de S. Paulo. "A empresa não será abandonada. Estamos trabalhando em nome da Itália para garantir a transição para esse novo modelo", diz.

Fonte: Valor (Carolina Mandl), O Estado de S.Paulo (Mariana Barbosa) e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe MilkPoint
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