Parmalat/GO fecha acordo com produtores de leite da Faeg
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Segundo o presidente da comissão, Maurivan Siqueira, a Parmalat concordou em assinar um termo de confissão de dívida para cada produtor que voltar a entregar leite à empresa, do montante do crédito que o pecuarista tiver com a indústria, desde sua desativação no Estado, em janeiro passado.
Para o assessor-técnico da Faeg, Edson Novaes, o documento da Parmalat reconhecendo a dívida será de grande importância para o produtor, que assim terá como fazer um eventual encontro de contas com a empresa. Ele explica que na condição de concordatária, a empresa não pode pagar extra-processo o que deve aos produtores. Diante disso, acordou-se que a indústria concederá ao produtor, mensalmente, a título de adiantamento para fomento da produção, o equivalente a 20% do crédito que tem com o laticínio, totalizando em cinco meses 100% do seu saldo credor.
Conforme Siqueira, a Parmalat concordou ainda em formalizar, por meio de contratos, a aquisição de leite com todos os seus fornecedores, o que antes só fora feito com 29 produtores de Santa Helena, onde a empresa mantém sua unidade em Goiás. A empresa se compromete a pagar, três dias depois, todo o leite captado na quinzena, mas pressiona para que o produtor lhe destine toda a produção.
Como muitos já se comprometeram com o fornecimento para outros laticínios, a Parmalat impôs que para o produtor que fizer entrega parcial da produção, o adiantamento de fomento seja equivalente a apenas 20% do que destinar à empresa.
De acordo com Siqueira, até agora poucos produtores voltaram a entregar leite para a Parmalat, mas as adesões devem crescer nos próximos dias, na medida em que a Faeg repassar aos sindicatos rurais e cooperativas informações detalhadas do acerto com a indústria.
O presidente da Comissão de Leite destaca que ao voltar a entregar leite para a Parmalat, os produtores goianos estão dando uma demonstração de que acreditam no princípio da parceria. "Esperamos que quando chegar a nossa vez de precisarmos das empresas estas também demonstrem espírito de colaboração".
Para Novaes, o retorno da Parmalat ao mercado é importante porque reforça a demanda, já aquecida em função da redução da oferta de leite e do aumento das exportações. Segundo ele, levantamento feito pela Faeg em 16 cooperativas do Estado constatou uma redução de 4% na oferta entre janeiro e junho deste ano. "Enquanto isso, nossas exportações cresceram 61%, passando de 10,9 mil toneladas de produtos lácteos entre janeiro e maio do ano passado, para 17,6 mil toneladas no mesmo período deste ano".
Fonte: O Popular/GO (Edimilson de Souza Lima), adaptado por Equipe MilkPoint
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