Parmalat: lucro só a partir de 2009, diz laudo técnico

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Depois de mais de sete anos consecutivos no vermelho, a Parmalat prevê voltar a lucrar no Brasil a partir de 2009, com R$ 5,1 milhões no azul. E até 2017 - data final do plano de recuperação da empresa - o faturamento da fabricante de lácteos alcançaria R$ 1,48 bilhão, valor semelhante ao registrado em 2003, ano anterior à crise.

Esses dados constam do laudo técnico entregue pela Parmalat à Justiça para comprovar a viabilidade de recuperação econômica da empresa. Os números foram elaborados pela própria Parmalat e depois validados pela auditoria MS Cardim. Segundo matéria do jornal Valor, com bases nesses dados é que os credores da Parmalat aprovarão ou não até dezembro a proposta de pagamento da empresa.

Nos dados entregues à Justiça, a Parmalat prevê um crescimento médio de todas as suas áreas de negócios - leite, enlatados, biscoitos e bebidas - de 3% a 3,6% partir de 2007. De acordo com Othniel Rodrigues Lopes, diretor industrial da Parmalat, algumas áreas já estão operando em um nível superior a 2003, ano que antecedeu a crise. Um exemplo é a área de biscoitos, que fechará 2005 com 2,5 mil toneladas de produção, volume 50% mais do que há dois anos.

Em leite, segmento carro-chefe das vendas da Parmalat, o volume ainda é cerca de 30% inferior ao de 2003. São captados 50 milhões de litros por mês hoje. "Não retomamos ainda o mesmo nível de distribuição anterior à crise. Mas não queremos voltar às gôndolas perdendo rentabilidade", diz Lopes.

Segundo o parecer elaborado pela Parmalat, neste ano a companhia deve ter uma receita líquida de R$ 910,2 milhões ante R$ 635,2 milhões de 2004, ano em que as fábricas beiraram a paralisação. A margem bruta da empresa subiu de 13,5% para 22,5%. Mas o prejuízo será bastante superior: R$ 652,6 milhões na comparação com R$ 228,2 milhões por causa de provisão de créditos com empresas ligadas e à assunção de dívidas.

No último ano do plano de recuperação, 2017, a Parmalat prevê voltar um prejuízo R$ 129,3 milhões. Isso porque neste ano a empresa desembolsaria o maior pagamento para seus debenturistas.

Pelo plano entregue à Justiça brasileira, o crédito dos bancos sofrerá um desconto dado pela remuneração das debêntures, que foi fixada em IPCA mais 2% ao ano.

Fonte: Valor Econômico (por Carolina Mandl), adaptado por Equipe MilkPoint
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