Parmalat Goiás só receberá leite se pagar dívida

Embora a Parmalat tenha anunciado a reativação de sua unidade industrial de Santa Helena de Goiás, a Central das Cooperativas de Leite do Estado (Centroleite) e os pecuaristas da região Sudoeste não pretendem voltar a fornecer para a empresa enquanto o débito de R$ 6 milhões da empresa com o setor não for quitado. As atividades da fábrica estão paralisadas desde fevereiro, depois que a empresa teve sua falência decretada no fim do ano passado.

O presidente da Comissão de Pecuária Leiteira da Federação da Agricultura (Faeg), Maurivan Siqueira, informou que, até ontem, os produtores goianos não tinham sido procurados pela empresa para negociar a retomada da entrega de leite. Ele lembra que o débito de R$ 6 milhões com produtores e cooperativas goianas se arrasta desde dezembro do ano passado.

Diante disso, a condição número um para que os produtores voltem a fornecer leite à Parmalat é a quitação das dívidas. O presidente da Centroleite, Haroldo Max, informou que há interesse que a indústria volte a funcionar porque é mais um comprador no mercado. Porém, ele também condiciona a volta do fornecimento do leite à quitação do débito de R$ 532 mil que a empresa tem com as cooperativas. "Estamos abertos à negociação", assegurou.

O diretor do Sindicato Rural de Santa Helena de Goiás, Ronaldo Montes Filho, disse que, até a última sexta-feira (28/5), a fábrica continuava totalmente paralisada. Os produtores do município têm condições de fornecer até 60 mil litros de leite por dia, mas também querem receber antecipadamente o pagamento do produto a ser entregue a cada mês. Eles aceitam parcelar o pagamento das dívidas anteriores.

Fonte: O Popular/GO (Sônia Ferreira), adaptado por Equipe MilkPoint