Uma lei de industrialização do leite e o combate aos produtores que não cumprem as normas de qualidade foram os compromissos assumidos pelos representantes do Executivo do Paraguai durante a comemoração do Dia Mundial do Leite na semana passada, no hotel Sheraton em Asunción.
Da produção anual de 500 milhões de litros de leite do Paraguai, somente 200 milhões de litros são industrializados. O consumo per capita por ano não chega a 100 litros, ou seja, menos do que o recomendado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Food and Agriculture Organization - FAO), de 120 a 150 litros per capita por ano.
Empresários e autoridades do setor de lácteos do país comentaram este déficit. Diante da reclamação do setor privado, o ministro da Agricultura, Antonio Ibáñez, anunciou a necessidade de elaborar uma lei que promova a industrialização de 100% do leite produzido no Paraguai, como critério de desenvolvimento nacional.
O ministro da Indústria e Comércio, Raúl Vera Bogado, disse que seu Ministério se comprometerá a combater os lácteos que não garantam a qualidade mínima requerida. "Aqueles produtores que não estejam cumprindo com as normas de qualidade receberão a visita do Ministério da Indústria que exigirá o cumprimento da lei".
Durante o evento foram exibidas amostras de produtos existentes no mercado paraguaio que não oferecem nenhuma garantia ao consumidor, não trazendo nem data de vencimento nem o registro junto ao Ministério da Indústria e Comércio.
A presidente da Câmara Paraguaia de Indústrias de Lácteos (Capainlac), Violeta Ceuppens, aproveitou o evento para discutir o consumo de leite no Paraguai. "O consumo de leite no Paraguai é o mais baixo entre os países vizinhos. Todavia, há muito que fazer, considerando que a Argentina e o Uruguai são potências em matéria de exportação de produtos lácteos. Eles estão em um nível muito superior a nós", disse ela.
O setor de lácteos do Paraguai inclui 56 unidades processadoras de matéria-prima identificadas, mas somente sete estão na Capailac. O setor cobre 80% do mercado local e as fábricas empregam cerca de 2,9 mil pessoas. O país já teve pequenas experiências de exportação, vendendo pequenos volumes para Brasil, Bolívia, Angola, Alemanha e Canadá.
Bogado disse que o país está trabalhando em um plano para elevar para 10,5 mil propriedades leiteiras e criar 52,5 mil empregos diretos, com uma meta de exportação de US$ 75 milhões.
Fonte: UltimaHora.com, adaptado por Equipe MilkPoint
Paraguai quer industrializar 100% do leite
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