A indústria de lácteos da Nova Zelândia sofreu outro golpe nesta segunda-feira, 19, depois que uma cooperativa de produtores locais informou que produtos contendo níveis acima do normal de nitrato foram embarcados para China. O executivo-chefe da Westland Milk Products, Rod Quin, disse que a empresa descobriu que 390 quilos de lactoferrina exportados para o país asiático apresentavam quantidades excessivas de nitrato, o que pode comprometer a oxigenação do sangue.

Mas o Ministério de Agricultura da Nova Zelândia informou hoje que os níveis de nitrato encontrados na Westland Milk não eram perigosos para a saúde humana e 'quase todos' os produtos afetados foram colocados em quarentena. O governo revelou, ainda, que enviou ao local fiscais para confirmarem que a contaminação foi totalmente resolvida.

'Qualquer risco de segurança alimentar para os consumidores chineses é insignificante porque as quantidades de lactoferrina usadas em produtos de consumo é muito pequena, o que significa que os níveis de nitrato encontrados estariam facilmente dentro de patamares aceitáveis', afirmou Scott Gallacher, diretor-geral interino do ministério.

A lactoferrina é uma proteína natural encontrada no leite que às vezes é extraída pelas indústrias de lácteos e adicionada em itens como iogurtes e fórmulas infantis para ajudar a melhorar seu valor nutricional.

Uma série de problemas de segurança de alimentar neste ano abalaram a imagem da Nova Zelândia como um fornecedor de produtos lácteos de alta qualidade. A indústria de lácteos lidera as exportações do país, gerando uma receita de cerca de 11,3 bilhões de dólares neozelandeses (US$ 9,2 bilhões) no ano fiscal encerrado em 30 de junho.

A reportagem é da Dow Jones Newswires, veiculada pela Agência Estado.