Nilza faz parceria com fundo de investimento para atrair capital

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A Cooperativa Central Leite Nilza, com sede em Ribeirão Preto (SP), acaba de acertar uma associação com o TCW/Laep LLC, fundo de private equity. O fundo tem como foco a América Latina e no Brasil já é sócio da Camil, cujo carro-chefe é arroz. O presidente da cooperativa, Daniel de Figueiredo Felippe, disse que da união resultará uma nova empresa, mas que a participação de cada sócio e o modelo do negócio não foram definidos. Ele não descartou a possibilidade de criação de uma joint venture ou sociedade anônima.

"A atual legislação não permite a associação de um fundo de investimento com uma cooperativa", observou Felippe. Segundo ele, o fundo ainda está avaliando se fará investimentos para ampliar a capacidade de captação de leite da Nilza ou se fará um aporte suficiente para que o grupo tente manter a posição conquistada depois da crise da Parmalat no Brasil. Entre 2002 e 2003, a Nilza saltou da 11a posição para a 6o no ranking brasileiro de captação de leite, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil).

Desde o início do ano, a Nilza vem fazendo mudanças para adotar o modelo de governança corporativa, e, deste modo, atrair novas cooperativas e empresas. Segundo Felippe, esse teria sido o motivo da saída de quatro das sete cooperativas do grupo. As mineiras Coasa, de Sacramento, Capril, de Iturama, e Coopraq, de Andrelândia, pediram desligamento em junho. A Casmil, também mineira e responsável pela formação da Nilza junto com Coonai, de Ribeirão Preto, tomou a mesma decisão em setembro.

Em decorrência dessas mudanças, a Nilza reduziu a captação de 600 mil litros por dia para 420 mil litros por dia em outubro. Apesar da redução, a cooperativa mantém a sua estimativa de captar em torno de 200 milhões de litros no ano e faturar R$ 300 milhões, ante os R$ 260 milhões de 2003.

O presidente da Nilza afirmou, ainda, que a liberação de créditos de ICMS retidos pelo governo do estado ajudou a sanar dívidas e a atrair o novo sócio. A central tinha em torno de R$ 20 milhões em crédito de ICMS e recebeu três liberações em outubro, em um total de R$ 12,6 milhões.

Segundo a Leite Brasil, a captação de leite no país deve crescer em torno de 4% neste ano, para 23,52 bilhões de litros. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esse mercado crescerá 1,7% em receita em 2004, para R$ 11,16 bilhões.

Fonte: Valor OnLine (por Cibelle Bouças), adaptado por Equipe MilkPoint
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