Nilza apresenta plano aos cooperados e aguarda decisão até dia 21

A Leite Nilza realizou na última quinta-feira (10.02) uma Assembléia extraordinária com seus cooperados, em Ribeirão Preto (SP). A Assembléia que teve três convocações consecutivas, a partir das 8h00, teve início por volta das 11h30 e se estendeu no período da tarde. Segundo nota enviada à imprensa, o objetivo do encontro foi apresentar e esclarecer a situação atual da cooperativa para os seus cooperados, bem como apresentar e deliberar o plano de reestruturação da cooperativa, desenvolvido pela equipe diretiva da Leite Nilza em parceria com a empresa Laep. Outro enfoque discutido na Assembléia foi uma possível liquidação da cooperativa, caso o plano não tenha adesão de todos os envolvidos nesta operação de recuperação.

Segundo o presidente da Leite Nilza, Daniel de Figueiredo Felippe, a assembléia reuniu um representante de cada cooperativa associada, ou seja, da Coonai (Cooperativa Nacional Agro-Industrial de Ribeirão Preto/SP), Coopercarmo (Cooperativa Agropecuária de Carmo do Rio Claro/MG) e Cooperlat (Cooperativa de Laticínios de Piumhi/MG, além de membros do Conselho Fiscal e mais sete cooperados (pessoas físicas).

A aprovação do plano era prevista pela diretoria da Leite Nilza. Entretanto, o prazo para a adesão dos envolvidos (produtores, credores e fornecedores), originalmente proposto com limite de 30 dias após a Assembléia foi votado para 10 dias no máximo. Essa redução para o período de adesão exigirá mais dinamismo e velocidade nas negociações, mas para o presidente da cooperativa não significa nenhum entrave para a possível adesão total.

O novo prazo para adesão à operação proposto pela cooperativa vencerá no dia 21 de fevereiro. Diante das repercussões durante a assembléia, a cooperativa tem boas expectativas para a implementação do plano de reestruturação. Caso não ocorra adesão total ao plano, a empresa sofrerá liquidação imediata.

Características Básicas do Plano de Reestruturação da Leite Nilza

- Conta com injeção de capital, proveniente de fundos da Laep para giro imediato da empresa (R$ 15 milhões)

- Prevê crédito rural fornecido pelo Banco do Brasil, na quantia de R$ 27 milhões

- Visa 100% de quitação das dívidas da empresa em 36 meses (R$ 45 milhões com cerca de 20 credores e de R$ 10 milhões com produtores)

- Prevê recuperação da empresa, com retorno de produção média de 700 mil litros de leite por dia, com plena quitação de pagamentos a produtores, credores e fornecedores.

Fonte: Assessoria de Imprensa, adaptado por Equipe MilkPoint