As vendas da Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, cresceram apenas 0,3% no primeiro trimestre, passando de 20,41 bilhões de francos suíços (US$ 17,23 bilhões) no início de 2004, para 20,46 bilhões de francos suíços (US$ 17,27 bilhões) este ano. A região das Américas foi a que melhor resultado deu à empresa no período, obteve-se aumento das vendas de 7,3%, chegando a 6,4 bilhões de francos suíços (US$ 5,4 bilhões), quase um terço de todas as vendas da empresa no mundo. Na Ásia o aumento foi de 5,1% ante um crescimento de lucros de apenas 0,7% na Europa.
O desempenho considerado tímido pelo mercado se deve, segundo a companhia, à venda de empresas ligadas ao grupo na Europa e à queda do dólar. Levando em consideração essa variação cambial, os lucros da Nestlé tiveram queda de 3,3%.
Apesar de analistas esperarem um melhor resultado, a empresa afirma que as metas do ano não estão comprometidas. Para o presidente-executivo da Nestlé, Peter Brabeck, a empresa deve registrar um crescimento orgânico de 5% a 6% este ano.
Em dois dos principais mercados da Nestlé, França e Alemanha, o consumo continua caindo. No mercado alemão, a perspectiva é de que 2005 seja o quarto ano consecutivo de redução nas vendas. Outro ponto crítico para a Nestlé foi o aumento das commodities. O preço do petróleo, por exemplo, subiu 55% em março, ante o mesmo período de 2004. Enquanto isso, o café subiu 71%.
"Estamos compensando o aumento dos preços das commodities com um aumento de preços", disse Brabeck. Nos primeiros três meses do ano, o aumento médio dos preços de produtos da Nestlé no mundo foi de 2%.
No caso dos chocolates, mercado em que a Nestlé tenta se consolidar como líder no Brasil com a polêmica compra da Garoto, o desempenho é apenas regular. As vendas mundiais tiveram um crescimento orgânico de 1,9% no primeiro trimestre, mas um crescimento real negativo de 0,3%. Segundo a Nestlé, os problemas foram o fraco desempenho do setor de confeitaria e obstáculos de distribuição na Rússia.
Depois de ter gasto mais de US$ 17 bilhões em aquisições entre 2000 e 2003, a Nestlé promete cortar gastos em 3 bilhões de francos suíços (US$ 2,53 bilhões) até 2007.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Jamil Chade), adaptado por Equipe MilkPoint
Nestlé mundial registra crescimento mínimo nas vendas
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