A Nestlé, maior empresa alimentícia do mundo, informou que seus lucros do primeiro semestre desse ano aumentaram 32% com a redução de custos promovida pela empresa e o aumento das vendas de sorvetes e de rações para animais de estimação da marca Purina nos Estados Unidos e na América Latina. O lucro líquido da Nestlé cresceu para 3,68 bilhões de francos suíços (US$ 2,93 bilhões), a partir dos 2,78 francos suíços do mesmo período do ano passado, informou ontem a empresa. As vendas aumentaram 2,4%, passando a totalizar 43,5 bilhões de francos suíços.
Peter Brabeck, principal executivo da Nestlé, economizou 3,2 bilhões de francos suíços nos últimos três anos por meio da contenção dos gastos na área de produção industrial. Ele também realizou aquisições e lançou produtos, como o café Nespresso, para elevar a receita da empresa.
Apesar disso, as vendas da Nestlé continuam caindo na China após o recolhimento de um produto fabricado com leite e a Europa Ocidental continua sendo um "ambiente operacional difícil", disse Brabeck. "A questão é saber que parcela das contenções de custos eles conseguirão conservar e que parcela eles terão de repassar em termos de preços mais baixos", disse a diretora de ações européias da Principal Global Investors, Juliet Cohn, que administra US$ 3 bilhões em ativos, entre os quais ações da Nestlé. "Há também alguma preocupação com relação à alta dos preços das matérias-primas e dos custos com combustíveis".
As ações da Nestlé tiveram valorização de 19% este ano. Nove analistas ouvidos pela Bloomberg tinham previsto que o lucro da Nestlé seria de 3,58 bilhões de francos suíços, conforme a mediana de suas estimativas. "O aspecto positivo é que temos uma ampla carteira de produtos", disse Brabeck. Isso permite que a Nestlé tire proveito de novas áreas de atuação, de crescimento mais acelerado, como a de rações para animais domésticos, compensando, assim, a lacuna gerada por produtos mais tradicionais que não estão crescendo na mesma proporção, disse ele.
Américas
Brabeck disse que o crescimento da receita do primeiro trimestre foi puxado pelo aumento dos volumes e dos preços. As vendas realizadas nas Américas deram um salto de 7,2%, passando a totalizar 13,45 bilhões de francos suíços, enquanto as vendas de Ásia, Oceania e África aumentaram 6%, para 7,39 bilhões de francos suíços.
Os lucros foram puxados pelo "excelente" desempenho do Nespresso e da empresa de produtos oftalmológicos Alcon, na qual a Nestlé tem uma participação de 75%. As vendas geradas por essas divisões e por outras não incluídas entre as principais da empresa, como as de rações para animais domésticos, bebidas e alimentos, cresceram 10,2%, excluindo-se os efeitos do câmbio e das aquisições.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe MilkPoint
Nestlé mundial lucra 32% mais com redução de custos
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