MG: supermercados de bairro crescem com diferencial

Com custo operacional baixo, os supermercados de bairro ganham cada vez mais espaço dentro do setor e hoje somam cerca de seis mil estabelecimentos em Minas Gerais, 92% do número total existente no estado. Dados da Associação Mineira de Supermercados (Amis) revelam que o segmento, que responde por 60% do faturamento do setor, girou R$ 6,1 bilhões em 2004. Em Belo Horizonte, alguns supermercados de bairro chegam a faturar R$ 310 mil por mês e a contabilizar dez mil clientes na sua base.

De acordo com o proprietário do supermercado Vem que Tem, Adalmário Antônio Rodrigues, estabelecimento localizado no bairro Floramar, região norte da Capital, a globalização é um fator que também está presente no setor supermercadista, no entanto, essa busca pela desmassificação está trazendo para o segmento a necessidade de aproximar-se cada vez mais de seus clientes, com o objetivo de obter um relacionamento mais intenso e duradouro, contribuindo para gerar fidelidade.

Para Rodrigues, hoje o supermercado que briga somente no preço é visto aos olhos do consumidor como uma commodity, "pois todos fazem isto". "O consumidor espera mais benefícios dessas empresas. Além do preço baixo, eles querem ser bem atendidos", explicou.

Com 18 anos de mercado, o Vem que Tem, com mais de dez mil clientes que gastam, em média, R$ 7,50 por compra, tem um faturamento mensal de R$ 279 mil ou R$ 9 mil dia, com uma margem de lucro de 5%.

Quem também comemora o sucesso das vendas dos pequenos estabelecimentos é o proprietário do supermercado Aredes, Walter Otoni Aredes, localizado no bairro Monte Azul, região nordeste de Belo Horizonte.

De acordo com o empresário, no primeiro trimestre deste ano houve um crescimento de 10% nas vendas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Estabelecido em uma loja com 400 metros quadrados, o Aredes contabiliza 700 clientes fiéis e faturamento mensal estimado em torno de R$ 210 mil.

Fonte:Diário do Comércio/MG, adaptado por Equipe MilkPoint