Mercado "spot" segue aquecido

Embora existam negócios a valores mais altos (leia aqui artigo de Maurício Palma Nogueira, da Scot), os negócios com o leite "spot", negociado entre empresas, estão na faixa dos R$ 0,65 a R$ 0,67 por litro de leite, segundo informaram ao MilkPoint Haroldo Max de Sousa, presidente da Centroleite, de Goiás, e Antônio Julião Damásio, presidente da Colaso, de Sorocaba, SP.

"Há espaço para aumentar e acredito que vamos bater nos R$ 0,70", afirmou Max. Segundo ele, o mercado está firme, mas há que se considerar a necessidade de manter as exportações elevadas para que o setor não dependa exclusivamente do mercado interno. "Se o mercado interno patinar no segundo semestre, podemos ter um reflexo nos preços", alerta ele. Segundo Max, a expectativa de aumento da produção em Goiás é de, no máximo, 4% esse ano. "Foi colocado muito gado zebu nos últimos anos", lamenta.

Para Julião, da Colaso, as vendas poderiam estar melhores. "A semana passada foi muito forte, mas nessa semana as vendas estão um pouco mais lentas", informa. Segundo ele, o calor excessivo pode ser um fator negativo no estímulo ao consumo.

Julião prevê um ano melhor do que 2004, especialmente se as exportações se mantiverem. "Os dados de março foram bastante consistentes e oferecem um sinal muito positivo em relação às exportações", analisa.

IN 51

As cooperativas que integram a Centroleite farão de tudo para se enquadrar na IN 51, segundo afirmou Max. "No que tange às cooperativas, vamos fazer de tudo para que a IN 51 seja uma realidade", promete. Segundo Max, a maioria já tem 100% do leite granelizado e outras estão se aparelhando, até como uma exigência dos parceiros comerciais da Centroleite, como a DPA. "É preciso, no entanto, que haja forte fiscalização, caso contrário o ônus ficará com quem segue a lei e tem custos mais elevados", alerta ele.

Fonte: Equipe MilkPoint