Mercado favorável alavanca investimentos no leite

Publicado por: MilkPoint

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A pecuária leiteira vive um momento bom. Depois de amargar três anos com problemas para investir, o pecuarista vislumbra, desde meados de 2004, bons preços para o setor. Com isso, volta a aplicar recursos para aumentar a produção e a qualidade do produto.

Agora, as vendas de equipamentos, como ordenhadeiras, por exemplo, estão em alta. Acredita-se que cerca de 60% do mercado ainda precisa ser renovado e com isso a comercialização cresça até 15% neste ano.

Para analistas de mercado, os preços do leite estão mais remuneradores porque o país atingiu, no ano passado, superávit comercial e também está ocorrendo um aquecimento do mercado interno.

"As vendas externas estão alavancando o setor", diz o pesquisador do Centro de Pesquisa Avançada em Economia Aplicada (Cepea), Alexandre Lopes Gomes. No ano passado, o Brasil comercializou no exterior 385 milhões de litros de leite, um aumento de 122%. Para este ano, a estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é de 600 milhões de litros, alta de 55,8%.

Gomes diz que o produtor está investindo não só em ordenhadeiras, mas também no rebanho, no manejo e na alimentação, o que vai proporcionar uma produção maior entre 3% e 4% neste ano.

Na Packo Plurinox, houve um aumento das vendas de 8% no primeiro trimestre deste ano, superando os 5% registrados em 2004. "Há uma maior consciência do produtor em investir na qualidade para buscar melhores preços", avalia o coordenador do Departamento de Ordenhadeira da empresa, Fabiano dos Santos.

A WestfaliaSurge registrou aumento de 15% em suas vendas no ano passado e espera crescimento igual para 2005. O gerente de produtos da empresa, Fernando Sampaio, acredita que os pecuaristas estão investindo porque há um aquecimento no preço do leite pago aos produtores, além do aumento das exportações, das tarifas antidumping e do programa de melhoria da qualidade.

"Este ano, por exemplo, os preços não caíram na safra", argumentou o assessor técnico da CNA, Marcelo Martins. No entanto, ele se preocupa com a euforia. "Em 2001 a produção na entressafra cresceu 20% e os preços desabaram", considerou. Segundo Martins, ao investir na melhoria da qualidade, o pecuarista cria condições para ampliar a produção.

Apesar de as empresas venderem quase todos os produtos sem financiamento, Martins diz que existe uma linha de crédito com limite de R$ 150 mil e juros de 8,75% ao ano. Mas a CNA solicita que o governo crie, no próximo Plano Safra, um financiamento especial para produtor com até 400 litros por dia e que tenha 80% da renda da pecuária.

O limite de crédito seria de R$ 30 mil ou R$ 80 mil, por grupo, com prazo de 12 anos, sendo três de carência e bônus de adimplência de 50% e juros mais baixos, de 7,25% ao ano. Martins diz que a linha é necessária porque, a partir de julho deste ano, entra em vigor o Programa de Melhoria da Qualidade do Leite, que obrigará o resfriamento do produto e os financiamentos atuais têm juros mais altos e prazo de pagamento menor.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe MilkPoint
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