Marcas regionais de leite ganham espaço nas gôndolas

Publicado por: MilkPoint

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A cadeia produtiva do leite se reestrutura depois do impacto da crise da Parmalat, que era responsável por 5% da captação do leite produzido no Brasil e por boa fatia na distribuição nas redes varejistas. Médias e pequenas indústrias de laticínios, a maioria cooperativas, ocupam o espaço e já é comum o consumidor se deparar com marcas de leite longa vida até então desconhecidas.

O presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), José Nogueira Soares, também diretor do Supermercado Epa, de Minas Gerais, disse que a Parmalat era responsável por 12% do mercado de longa vida. Essa fatia foi ocupada pelas grandes marcas, como Itambé e principalmente pequenas empresas. "A Parmalat não está totalmente fora, mas jamais será o mesmo de antes, pois a marca perdeu a credibilidade do público", disse.

As pequenas empresas do noroeste de Minas Gerais e Triângulo Mineiro tiveram o mercado da região central do Estado aberto para elas. Para Nogueira, muitas ofereceram melhores preços e se mostraram mais maleáveis nas negociações com as redes varejistas.

Em São Paulo, a Shefa ocupa espaços nas grandes redes supermercadistas da capital, conforme informou o gerente comercial, Pedro Ribeiro. A empresa já envasou o leite distribuído pela Parmalat em Campinas e Ribeirão Preto.

O executivo acredita que a multinacional italiana vá, aos poucos, recuperar mercado e mudar o panorama atual. "Com a saída da Parmalat, líder no mercado de longa vida, o chamado primeiro preço (mais caro pelo valor da marca) saiu do mercado e os grandes laticínios com preços similares não o ocuparam totalmente, o que elevou a procura por produtos de empresas que cobram menos. Mas essas não são encaradas pelo consumidor como marcas top", considera.

Apesar da Parmalat ter declarado que retomaria atividades em Santa Helena de Goiás (GO) para atender contrato de exportação, Rodrigo Alvim, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), recebeu informações dos pecuaristas da região de que nenhum leite foi comprado ainda. Em Carazinho (RS), a multinacional havia informado que estaria comprando 400 mil litros de leite/dia, mas na verdade "a captação não atinge sequer a metade deste volume".

Fonte: Gazeta Mercantil (Karlon Aredes), adaptado por Equipe MilkPoint
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