Mapa aguarda resposta do México sobre abertura do mercado para lácteos
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 3 minutos de leitura
A missão apresentou informações complementares ao relatório de 3.500 páginas sobre o assunto enviado no final do ano passado para autoridades mexicanas. "Pedimos ao governo do México clareza no que o Brasil ainda precisa atender, que garantias sanitárias ainda precisa dar para satisfazer todos as exigências sanitárias", disse Oliveira.
Como o México liberou as importações de produtos lácteos provenientes da Argentina e do Uruguai, a expectativa do diretor do DIPOA é de que a abertura do mercado para o Brasil esteja próxima. "Se usarem com o Brasil os mesmos critérios utilizados para a Argentina e o Uruguai, que têm a mesma condição sanitária do Brasil, não há por que não abrir o mercado para os nossos produtos", explica.
Oliveira acrescentou que o principal questionamento do governo do México é quanto ao controle da febre aftosa. O Brasil tem 13 estados mais o Distrito Federal considerados livres de febre aftosa com vacinação. Além disso, o estado de Santa Catarina é considerado livre da doença sem vacinação. "O México é membro da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) e, portanto, deve reconhecer as áreas livres de aftosa com vacinação do Brasil", enfatizou.
Ele informou ainda que a iniciativa privada mostrou interesse em adquirir o produto brasileiro. "E o governo está pronto para oferecer as garantias sanitárias equivalentes aos riscos do produto". Mediante uma resposta negativa por parte do governo mexicano, o Brasil poderá ainda apresentar recursos junto aos órgãos oficiais competentes de referência internacional.
O diretor Departamento Econômico da Confederação Brasileira de Lacticínios (CBCL), Vicente Nogueira, que integrou a missão, enfatizou que durante a visita ao México foram identificados potenciais importadores de lácteos tanto da iniciativa privada quanto do governo, que realiza compras para programas sociais. "O mercado existe, é grande e desejoso de ter mais alternativas de preço e qualidade e o Brasil pode oferecer isso", ressaltou Nogueira.
Ele destacou que a missão identificou no país nichos de mercado tanto para grandes indústrias de laticínios como para pequenas e médias empresas. A missão também esteve na Secretaria de Economia do México, órgão que regulamenta as importações de produtos lácteos e define, entre outros itens, o volume a ser comprado de cada país e as tarifas a serem utilizadas em cada produto. A tarifa para importação de leite em pó, por exemplo, é de 139%.
O México é o país que mais importa produtos lácteos no mundo. Segundo o diretor da CBCL, anualmente, o país importa 260 mil toneladas de leite em pó, 90 mil toneladas de queijo e 40 mil toneladas de manteiga, entre outros. Os principais fornecedores são União Européia, Oceania (Austrália e Nova Zelândia), Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Chile.
De acordo com a CBCL, o Brasil vai produzir 24,5 bilhões de litros de leite este ano e exportou R$ 95 milhões de dólares em lácteos para mais de 55 países em 2004. "O Brasil tem aumentado a produção de leite numa taxa superior ao crescimento do consumo e em breve vai ter excedentes que precisarão ser vendidos no mercado externo, sob pena de deprimir preços no mercado interno e o México é alternativa muito positiva", disse Nogueira.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe MilkPoint
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