Mais uma pesquisa sugere que a ingestão de alimentos lácteos auxilia na redução da gordura corpórea

Meninas que consomem quantidade suficiente de produtos lácteos em suas dietas podem estar mais magras do que suas colegas, sugeriu um novo estudo.

Publicado por: MilkPoint

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Meninas que consomem quantidade suficiente de produtos lácteos em suas dietas podem estar mais magras do que suas colegas, sugeriu um novo estudo. Pesquisadores descobriram que, entre 323 meninas de nove a 14 anos de idade do Havaí, aquelas que ingeriram mais cálcio a partir de fontes lácteas tenderam a pesar menos e ter menos gordura na região da cintura do que as garotas que ingeriram menos alimentos lácteos. Por outro lado, o peso corpóreo tendeu a aumentar com o consumo de refrigerantes.

A ligação entre ingestão de alimentos lácteos e menor quantidade de gordura abdominal foi particularmente forte entre meninas de descendência asiática, que corresponderam a 47% do grupo estudado.

Desde os anos sessenta, o consumo de leite pelas crianças nos Estados Unidos vem caindo significantemente em favor dos refrigerantes e dos sucos com açúcar. Esta tendência é considerada um dos fatores propulsores da crescente taxa de obesidade infantil e excesso de peso em crianças no país.

Uma série de estudos, a maioria deles feitos com adultos, mostrou que o cálcio pode ser chave na manutenção do peso corpóreo e de estoques de gordura normais. Uma razão pode ser o efeito dos nutrientes nos hormônios, que ajudam a estocar calorias na forma de gordura.

No novo estudo, publicado no Journal of Nutrition, o cálcio oriundo de alimentos lácteos, mas não o de alimentos não lácteos, esteve relacionado com menor peso e menor acúmulo de gordura abdominal.

Isso sugere que a ingestão de cálcio através de alimentos lácteos é um fator chave, segundo os autores do estudo, liderado por Rachel Novotny, da Universidade do Havaí, em Honolulu. É possível, explicam eles, que outros nutrientes do leite tenham um papel importante no balanço do peso. Entretanto, disseram os pesquisadores, as meninas que participaram do estudo ingeriram quantidades relativamente pequenas de cálcio de fontes não lácteas - talvez muito pequena para que estes alimentos pudessem mostrar efeitos no peso e na gordura corpóreas. Fontes não lácteas de cálcio incluem certos vegetais, como brócolis e espinafre, leite de soja fortificado e o cálcio adicionado ao suco de laranja e cereais.

Para o estudo, que foi financiado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as meninas e seus pais mantiveram um registro dos alimentos que as crianças ingeriram durante três dias. Os pesquisadores descobriram que a média de cálcio ingerido foi menor do que o nível recomendado para crianças desta idade - 736 miligramas por dia, contra o recomendado, de 1300 mg por dia.

Quando as garotas ingeriam níveis relativamente maiores de cálcio pelos alimentos lácteos, tinham níveis diferentes de peso e de gordura abdominal. Por razões que não estão claras, o efeito na gordura corpórea foi mais forte nas meninas asiáticas do que nas meninas brancas, de acordo com Novotny e seus colegas. Eles especularam que as diferenças étnicas sobre quais produtos lácteos são consumidos ou os hábitos alimentares - ingerindo pequenas porções de lácteos por dia, por exemplo, ao invés de uma única porção grande, pode ajudar a explicar esta descoberta.

De acordo com os pesquisadores, o refrigerante pode ajudar a acrescentar peso adicionando calorias às dietas das crianças ou substituindo o leite. O leite, segundo eles, tem uma série de nutrientes, incluindo proteína e gordura, que faz com que ele seja metabolizado de forma relativamente lenta. O refrigerante contém somente açúcar, que é rapidamente metabolizado, levando ao aumento do açúcar sanguíneo seguido por uma severa queda, que desencadeia a fome. Considerando isso, os pesquisadores concluíram que a ingestão de refrigerante ao invés do leite leva ao aumento de peso.

Fonte: Reuters, baseado no artigo publicado no Journal of Nutrition, Agosto de 2004, adaptado por Equipe MilkPoint
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