A Prefeitura de São Paulo abriu licitação do maior programa social de distribuição de leite da América Latina. São 1.800 toneladas de leite em pó integral por mês o equivalente a cerca de 500.000 litros de leite liquido por dia. A concorrência vai ser pelo moderno sistema conhecido como pregão presencial.
O pregão trará várias novidades pleiteadas pelo setor. Uma primeira solicitação, pleiteada pela associação Leite Brasil, que esteve em contato com os técnicos da prefeitura, era que o leite líquido ou em pó a ser fornecido no programa fosse produto de procedência nacional. A Prefeitura acolheu o pedido e as indústrias que vencerem a licitação terão de atender a Instrução Normativa nº 11 de 1999, do Ministério da Agricultura, que estabelece a aquisição obrigatória de produto fabricado com matéria-prima láctea de origem exclusivamente nacional.
Outro pedido da entidade atendido foi a democratização da participação das empresas de laticínios no processo de licitação com a divisão do volume total adquirido em lotes. O sistema vai permitir a participação de mais de uma empresa de laticínios, ao contrário do que ocorreu no passado quando só uma era a vencedora. A Prefeitura atendeu ao pedido da associação e dividiu em quatro lotes de 450 toneladas por mês cada.
Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, considerou que esta licitação foi uma grande vitória dos produtores de leite e ao colaborar com a Prefeitura a entidade estava visando atender a uma de suas bandeiras que é o crescimento da participação do leite e dos seus derivados nos programas sociais.
Tangará no Iraque
A última edição da Revista Exame trouxe uma matéria sobre as vendas de produtos brasileiros no Iraque. Entre as informações, consta a de que a empresa Tangará, do Espírito Santo, já vendeu 3.000 toneladas de leite em pó ao Iraque, no valor de US$ 6 milhões. A Tangará tem sido uma grande fornecedora de leite em pó para programas sociais como o Leve Leite. Esse leite, em grande parte, seria importado, o que suscitou o pleito dos produtores nacionais para que o leite do programa fosse exclusivamente nacional.
Fonte: Associação Leite Brasil e Revista Exame, adaptado por Equipe MilkPoint
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FERNANDO ZAPAROLLI
PEREIRA BARRETO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO
EM 26/11/2005
A prefeitura deveria fazer como o governo do estado faz. Leite pasteurizado, além das questões nutricionais serem infinitamente melhores, ajudaria mais ainda a cadeia.