Leite C fica 8,7% mais caro em Juiz de Fora/MG

O leite tipo C deve ficar 8,7% mais caro em Juiz de Fora (MG) este mês. Com isso, o preço médio praticado no mercado varejista, que era de R$ 1,012 em fevereiro, deve subir para R$ 1,10 em março. A estimativa é da Gerência de Agropecuária e Abastecimento (GAA). No último levantamento feito pelo órgão, realizado na quinta-feira (10), o preço médio do litro chegou a R$ 1,064, o maior valor praticado na cidade desde outubro do ano passado. Na semana anterior, o valor era de R$ 1,021.

Segundo o coordenador do Pró-Leite da GAA, Paulo Vianna, a alta é provocada pela redução em cerca de 17% da oferta de leite na cidade. A estimativa é que a produção caiu de 60 mil para 50 mil litros/dia. Em contrapartida, a procura pelo produto se manteve. O consumo médio na cidade chega a 100 mil litros por dia.

Um dos principais motivos da retração na oferta foi o abate de matrizes no ano passado, diante do desestímulo dos produtores pela atividade. Pelos cálculos de Vianna, para cada três animais abatidos, dois eram fêmeas. Embora a transição do período de safra para entressafra seja caracterizada por reajuste nos preços, este ano há peculiaridades. A principal delas, é que a alta, que deveria acontecer de forma gradual, deve ser acentuada em março.

Alternativa

O presidente do Sindicato das Empresas de Panificação (Sindipan), Heveraldo Lima de Castro, confirma a redução da oferta, mas afasta o risco de desabastecimento. Segundo ele, a alternativa tem sido buscar fornecedores em cidades vizinhas, como Além Paraíba e Leopoldina.

Castro comenta que o preço médio praticado nas padarias pulou de R$ 1 para R$ 1,20 e pode crescer ainda mais. Ele, no entanto, não acredita em retração do consumo, por considerar o custo do produto acessível.

De acordo com o tesoureiro da Cooperativa dos Produtores de Leite de Humaitá (Copluma), Hélio de Oliveira, o preço médio pago ao produtor pelo litro já subiu de R$ 0,48, verificado em fevereiro, para R$ 0,52 neste mês. Ele avalia que se os preços se mantiverem em alta pode acontecer redução no abate de matrizes este ano, em comparação a 2004.

Fonte: Tribuna de Minas, adaptado por Equipe MilkPoint