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LBR muda planos para suas operações remanescentes

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/12/2014

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Dificuldades para operar a fábrica de Tapejara, no Rio Grande do Sul, levaram a LBR - Lácteos Brasil a desistir de arrendar, como estava previsto, a unidade que vendeu à ARC Medical Logística em leilão de ativos, em agosto passado. Com isso, a ARC arrendou a unidade para a Italac.

No leilão, parte do plano de recuperação judicial da LBR, a companhia de lácteos vendeu 14 unidades produtivas isoladas para seis empresas diferentes: a francesa Lactalis, a ARC, a Colorado, o Laticínios Bela Vista, a Cooperativa do Vale do Rio Doce e a Agricoop. Com a venda das 14 UPIs - que incluem ativos como fábricas ou marcas -, a LBR deverá arrecadar R$ 533,477 milhões.

Durante a assembleia de credores que aprovou a venda dos ativos, em agosto, a LBR informou que, após a alienação, continuaria operando o consórcio que tem hoje com as companhias Glória e Ibituruna nas unidades de Governador Valadares (MG) e Guaratinguetá (SP) e que arrendaria a fábrica de Tapejara. Manter essas atividades é uma das formas de a LBR cumprir seu plano de recuperação judicial.

Mas, na última semana, a LBR informou ao escritório do administrador judicial Ricardo Sayeg que não iria mais arrendar Tapejara diante de problemas enfrentados com fornecedores de leite. Decidiu, então, arrendar a unidade de Lobato, no Paraná - que também vendeu à ARC no leilão de ativos em agosto. Durante a assembleia de credores, a possibilidade de a LBR arrendar Lobato havia sido aventada, mas Tapejara acabou sendo a escolhida.

Segundo o termo de diligência que reproduz o encontro com a administração judicial do dia 5 de dezembro, a LBR informou que "diante do não pagamento dos produtores de leite, nos meses de outubro e novembro, relativamente à UPI Tapejara, as atividades naquela planta ficaram praticamente paralisadas, colocando em risco os empregos e a função social da referida planta".

A fábrica ficou parada quase todo o mês de novembro "tendo em vista que os produtores de leite se negavam a fornecer em razão da inadimplência da LBR, inclusive bloqueando fisicamente com caminhões a entrada da planta", conforme informou representante do sindicato dos trabalhadores na indústria de alimentação de Tapejara, também presente ao encontro.

Em decorrência da paralisação, a ARC solicitou a imissão provisória na posse da UPI de Tapejara ao juiz da recuperação judicial Daniel Carnio, que deferiu o pedido. O termo de diligência diz que "a fim de retomar a atividade na UPI Tapejara, [a ARC] está em tratativas de arrendamento da referida planta para a Italac".

No termo de diligência, as recuperandas afirmam que, "cientes do compromisso assumido em AGC (assembleia de credores) quanto à continuidade das atividades de envolver a UPI de Tapajara, diante da respectiva impossibilidade, (...) implementaram solução equivalente por meio da operação da planta de Lobato (que compõe a unidade produtiva Líder)".

A LBR não respondeu ao pedido de entrevista até o fechamento desta edição. Mas uma fonte familiarizada com o tema disse que havia resistência por parte dos produtores gaúchos à continuidade da LBR à frente das operações de Tapajera, em consequência dos atrasos de pagamentos do leite, desde que a empresa entrou em dificuldades financeiras.

Essa mesma fonte afirmou que a unidade de Lobato, que será arrendada no lugar de Tapejara, tem capacidade de processamento igual à da unidade gaúcha, de 500 mil litros de leite por dia. Além disso, a relação da empresa com os fornecedores da região não foi tão afetada e há a proximidade com o mercado paulista.

A mudança nos planos da LBR dá uma indicação das dificuldades que a empresa têm tido para continuar operando, mesmo após a venda de ativos, e dos desafios que deverá enfrentar nos próximos meses. Isso porque atrasos nos pagamentos a fornecedores têm potencial para inviabilizar uma retomada, mesmo que modesta. Na época em que a venda dos ativos foi aprovada, a projeção da LBR era que as atividades remanescentes (consórcio mais unidade arrendada) gerariam receita líquida de R$ 317,7 milhões em 2015.

A projeção de receita foi calculada com base em uma captação média de 500 mil litros de leite por dia, a um preço médio no ano de R$ 1,98 pelo litro do leite longa vida. Também considerava que a empresa terá o ressarcimento de um crédito liquido de PIS-Cofins de R$ 178 milhões no próximo ano.

A LBR ainda espera a emissão pela Justiça das cartas de arrematação, que transferirão definitivamente aos compradores os ativos vendidos no leilão judicial. A expectativa, apurou o Valor, é que as cartas saiam até a próxima semana, já que o recesso do Judiciário começa em 19 de dezembro. Com as cartas de arrematação, parte do valor da venda dos ativos será transferida para a empresa de imediato - há valores que serão pagos em parcelas futuras e compensações por dívidas anteriores da LBR com os compradores dos ativos.

A notícia é do Jornal Valor Econômico.

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DOUGLAS REGINATTO

ENÉAS MARQUES - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 16/01/2015

Sou fornecedor de leite  e também transportador para essa tal "ARC Logística e Alimentos". Vejo um grande descaso com agricultores familiares que estão com suas dívidas atrasadas e ainda mais, a economia dos pequenos municípios aqui da região estão paralisadas. Desde outubro estamos sofrendo com atraso de pagamento. A poucos dias foram acertados a esses atrasos o pagamento de 70%  do mesmo (outubro e novembro). O leite que foi entregue em dezembro, acabamos de receber, mas com uma diminuição no preço de cerca de 10 a 15%. A situação não é agradável, e continuamos sendo subordinados por grandes empresas. Todo esse caso da venda dos ativos da LBR ainda não está bem explicado, e além do mais, pequenos produtores ficam sendo enrolados por promessas que jamais irão se concretizar.
JOSÉ EDUARDO ZACCARELLI

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 31/12/2014

LBR VAMOS HONRAR OS COMPROMISSOS TENHAM PIEDADE DOS PRODUTORES. ESTAMOS VENDENDO AS VACAS DE LEITE PARA PAGAR DESPESAS DE CUSTEIO. PARA NÓS QUE RECEBEMOS CENTAVOS POR LITRO DE LEITE NÃO HOUVE SOBRAS DE DINHEIRO PARA  FORMARMOS CAPITAL DE GIRO. NÃO É JUSTO PAGARMOS JUROS AOS BANQUEIROS PARA COBRIR CUSTEIO.. FALTANDO VACAS FALTARA LEITE NA MESA DOS BRASILEIROS. SE TOQUEM POLITICOS E AUTORIDADES. LEITE É ALIMENTO NOBRE E INDISPENSÁVEL PARA CRIANÇAS E IDOSOS..SEI QUE EMPRESA NÃO TEM CORAÇÃO MAS QUE A SOCIEDADE ENTENDA O QUE PASSA O PRODUTOR E VALORIZE OS PRODUTORES DE LEITE QUE ,DIARIAMENTE  AS 4 HORAS DA MANHÃ DURANTE 365 DIAS, ESTÃO A PRODUZIR LEITE.
MARCOS ALEXANDRE LIBORIO DE OLIVEIRA

SANDOVALINA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/12/2014

Sou fornecedor de leite na planta de Presidente Prudente na qual a ARC assumiu dia 1/12/14 em uma reunião com os produtores no próprio laticinio deu garantia o representante do tal proprietário (Chico Louco) Sr. Thiago Pavanelli e Sr.Joaõ Roberto valentim Gerente de captação os quais garantiram que os produtores não ficariam sem receber o leite entregue no mes de Novembro ,o qual seria pago dia 20 de dezembro ,normalmente ,assim afirmaram `` Independente do leite do referido mes ser da LBR vamos fazer os pagamentos normalmente ,uma vez que iremos reter o leite ara garantir o pagamento`` hoje dia 29/12/14 até o presente momento não foi efetuado pagamento a nenhum produtor,,questionados agora estão tirando o corpo fora de forma covarde e repuguinante ,essa empresa ARC ou é uma charlatã ou é composta de um quadro de funcionarios os quais o representa de extrema imcopetencia e sem carater.
IZAILTON GOMES DO COUTO

ITAPERUNA - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/12/2014

Pergunta-se : Porque tanta demora da entrega das cartas de arrematação, se já foi feito o CADE, e já HOMOLOGOU ? Não dá para entender esta demora, sabendo que tem produtores passando grandes dificuldades. Será que só os sofredores(Produtores), que entregaram o leite que já foi vendido e que estão vendo isso? A esperança é que vindo empresas europeias, possam cobrar qualidade, mas viabilizar com respeito este caminho.
BRUNA FABIANE

JÚLIO DE CASTILHOS - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/12/2014

Engraçado como as notícias divulgadas por este site assim como vários outros dão a impressão para o leitor de que estas empresas são as coitadinhas uma vez que os produtores não entregam o leite...

Enquanto vários  produtores encontram-se com dificuldades até mesmo para por o pão na mesa para os filhos quem dirá para pagarem suas contas, por falta de pagamento de dois meses em atraso e pelo que li, lá se vai mais um mês para a soma de inadimplência. Os animais então sendo vendidos para  quitar dívidas e até mesmo para conseguir manter os demais. Gostaria de saber se estas empresas não tem o menor senso de responsabilidade com estes trabalhadores que viram noite e dia chuva e sol para continuar a produzir o alimento que vai para suas bocas e de seus filhos dentro do conforto de suas casas e empresas com ar condicionado, quando  iram abrir os olhos e criar vergonha na cara para pagar o que devem aos produtores e ressarci-los pelos prejuízos e danos causados!! O mais intrigante é que ao panco e ao comercio os produtores iram ter que pagar juros, mas e aos produtores quem irá se responsabilizar por esse tempo em débito????
ALEXANDRE DUARTE

SANTO ANASTÁCIO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/12/2014

nao sou fornecedor de leite  da planta d lobato

mas  e preocupante a LBR assumir a planta d lobato meus companheiros d lobato fiquem atentos para não caírem em mais uma da LBR  espero q ARC  não pense em arrendar a planta de PRESIDENTE PRUDENTE a LBR
EDSON AGOSTINHO TOMAZELLA

SANTA FÉ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2014

A unidade de Lobato/Pr , no ultimo dia 25 de novembro foi interditada por produtores para poder receber o leite do mes de outubro, será que a LBR acredita que continuaremos a fornecer sem receber? Até o momento ainda não entendi a atuação do BNDES, que ainda não se manifestou a respeito, pois pelo que sei ainda são acionários.
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 12/12/2014

E aqui não é diferente estão 60 dias sem pagar o leite

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