Depois de dois anos de pesquisas e testes no Brasil e Estados Unidos, o Laticínio Balkis, de Santo Antônio do Aracanguá (SP), lança o primeiro queijo brasileiro com zero por cento de gordura e enriquecido com fibras. A novidade começou a ser distribuída na semana passada aos principais supermercados paulistanos voltados a consumidores das classes A e B.
Além da baixa caloria, o novo queijo, do tipo cottage, é rico em fibras solúveis e polidextrose, que ajudam a regular o aparelho intestinal e reduzem o risco de câncer. "Pela primeira vez no país, um queijo se enquadra no grupo dos alimentos funcionais, como já acontece com a margarina e os iogurtes", valoriza o diretor industrial do Balkis, Alexandre Marques.
Desde segunda-feira passada a empresa está colocando potes de 400 gramas do queijo nos supermercados. "Nossa intenção é atender pessoas que pagam para ter um estilo de vida saudável e que já conhecem as vantagens dos alimentos light, diet e funcionais".
Apesar da restrição de público consumidor, Marques diz que o queijo com fibras nasceu para se tornar o carro-chefe dos produtos Balkis. O laticínio vende na rede Pão de Açúcar cerca de 20 produtos da marca Balkis e da marca do Pão de Açúcar, a Goodlight. A previsão é que o queijo custe de 5% a 10% a mais que os produtos light da Balkis. A expectativa é de um consumo semanal de 800 quilos.
Para chegar ao novo produto, a Balkis fez parceria com multinacional dinamarquesa Danisco, uma das líderes mundiais do setor de ingredientes de alimentos. "A Danisco desenvolveu a fibra solúvel que passou por testes nos Estados Unidos e no Brasil", conta Marques. Segundo ele, apenas seis ou sete países no mundo conseguiram desenvolver o mesmo queijo.
Marques diz que os alimentos light respondem hoje por 25% da produção total de 110 toneladas de queijo que a Balkis coloca no mercado por mês. Em cinco anos, essa proporção deverá chegar a 50%.
O próximo passo é exportar o novo queijo para a Inglaterra e o Caribe. "Acredito em que menos de um ano, estaremos exportando para lá", diz Marques. Segundo ele, as vendas somente não começam já por conta do alto custo do investimento para criação do queijo, que ele não quis revelar, e por causa do curto prazo de validade para consumo do alimento.
"Não há como embarcar em navios, por isso, estamos estudando o embarque por avião, mas precisamos, antes, solidificar as vendas no Brasil, o que deve demorar até um ano", afirma.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Chico Siqueira), adaptado por Equipe MilkPoint
Laticínio lança queijo com gordura zero
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