Lanches saudáveis para crianças saudáveis

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Introdução

Lanches saudáveis durante a infância e a adolescência podem ajudar em um adequado crescimento e desenvolvimento, e também podem estimular a formação de uma base para hábitos alimentares saudáveis para a vida toda (1). Muitos pais e profissionais de saúde estão preocupados com o fato de o hábito das crianças de consumirem lanches ou petiscos possa estar contribuindo com uma maior prevalência da obesidade infantil (2-4) e com um decréscimo na qualidade nutricional das dietas das crianças (5,6). Nos Estados Unidos, 15% das crianças de idade entre 6 e 19 anos estão acima do peso (7) e somente 2% das crianças do país de 2 a 19 anos se alimentam de acordo com as recomendações da Pirâmide Alimentar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no que se refere aos cinco grupos de alimentos (8,9).

No Brasil, os dados não são muito diferentes. Apesar de a desnutrição ainda ser uma realidade no país, os números da obesidade assustam: 70 milhões de brasileiros, ou 40% da população, estão acima do peso adequado. Um levantamento feito em território nacional em 1975 e 1997 mostra que a obesidade aumentou de 8% para 13% em mulheres, de 3% para 7% em homens e de 3% para 15% em crianças. E segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a prevalência de obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% em 20 anos (70).

Estudos indicam que mais crianças estão consumindo lanches e este consumo é maior do que nas últimas décadas. Além disso, cada vez mais esses lanches estão sendo consumidos fora de casa (2,5,10-13). Entre 1977 e 1996, a contribuição diária de energia oriunda da ingestão de lanches aumentou 30% (2). Os lanches populares tendem a serem densos em energia e pobres em nutrientes, como é o caso de salgadinhos, bolachas, doces e refrigerantes (10,14).

O desafio é fornecer às crianças e adolescentes lanches que ajudem a suprir suas necessidades de nutrientes, sem contribuir com um excesso de ingestão de energia (sobrepeso) ou com hábitos alimentares ruins. Os alimentos lácteos podem ser incluídos de forma bem sucedida nestes lanches mais saudáveis.

Visão geral sobre o consumo de lanches por crianças

Por que as crianças precisam de lanches

Os lanches podem ajudar a suprir as necessidades de energia e nutrientes das crianças. Como estão em crescimento e geralmente em plena atividade, as crianças precisam de mais calorias por quilo corpóreo do que os adultos (1). As ingestões recomendadas de calorias para dar suporte ao crescimento e desenvolvimento de crianças dependem de fatores como sexo, idade, altura, peso e nível de atividade física (15). A ingestão de energia (calorias) recomendada para crianças com atividade moderada é:

* 1.742 kcal/dia para meninos e 1.642 kcal/dia para meninas de 3 a 8 anos de idade;

* 2.279 kcal/dia para meninos e 2.071 kcal/dia para meninas de 9 a 13 anos de idade;

* 3.152 kcal/dia para meninos e 2.368 kcal/dia para meninas de 14 a 18 anos de idade (15).

É recomendada uma menor ingestão de calorias para crianças com menor atividade física (15). Para adolescentes que realizam atividades físicas com freqüência, os lanches podem ajudar a suprir as necessidades de energia e nutrientes (1). Estudos indicam que os lanches contribuem com mais de 20% da ingestão diária de energia de crianças de com até 19 anos (2,11,13). Além de contribuir no suprimento de energia, os lanches saudáveis podem ajudar a cobrir lacunas de nutrientes, como é o caso do cálcio (6). Um estudo recente descobriu que menos de 50% das crianças de 6 a 8 anos de idade e a maioria das meninas de 9 a 18 anos têm ingestões menores de cálcio do que a recomendada diariamente (16).

Oferecer às crianças uma variedade de lanches nutritivos e mostrá-las como adequar esses lanches em suas dietas diárias pode ajudar a instituir uma prática de consumo de lanches balanceados nutricionalmente (1). Restringir excessivamente o acesso das crianças aos lanches densos em energia e pobres em nutrientes, como bolachas, salgadinhos e refrigerantes, pode levar à preferência das crianças por estes alimentos e ao consumo exagerado dos mesmos (17,18). Por esta razão, o melhor é oferecer estes alimentos com moderação, em ocasiões específicas.

Com que freqüência as crianças comem lanches

Durante os últimos 20 anos, a prevalência dos lanches aumentou entre as crianças de 2 a 18 anos, de acordo com um recente estudo sobre o consumo de lanches nos EUA (2). A maioria das crianças de 19 anos ou menos consomem lanches diariamente e estão aumentando esta freqüência de consumo (10,11).

Devido à maior demanda de energia pelas crianças, à sua pequena capacidade estomacal e ao seu apetite instável, as crianças pequenas precisam se alimentar de 4 a 6 vezes ao dia (19). Se as crianças têm permissão irrestrita aos lanches e petiscos, podem ocorrer problemas nutricionais como excesso de ingestão de calorias, ganho de peso, incapacidade de distinguir fome e saciedade, além de ingestão inadequada de nutrientes (1). Por isso, é importante que os adultos ofereçam petiscos às crianças em períodos adequados do dia, evitando desta forma uma alimentação exagerada no momento da refeição, bem como uma redução do apetite pelos alimentos servidos durante as refeições (1). Para crianças mais velhas, é importante ter lanches nutritivos prontamente disponíveis e ensiná-los como fazer escolhas saudáveis (1).

Onde as crianças consomem lanches

Apesar de as crianças consumirem os lanches em casa, um número cada vez maior deste consumo está sendo feito fora de casa, nas escolas e estabelecimentos de fast food (12,13). Em casa, os lanches podem ser limitados a locais específicos, como a cozinha, para manter este hábito como sendo uma alimentação mesmo (1). Servir lanches às crianças quando estão fazendo outras atividades, como vendo televisão, está associado com uma ingestão maior de energia e menor de nutrientes, que pode levar ao consumo excessivo inconsciente e ao ganho de peso indesejado (20).

A escola é um local importante para as crianças consumirem lanches. Os alunos, especialmente aqueles de ginásio e colegial, podem escolher petiscos nas vending machines, cantinas e lanchonetes das escolas (21). Apesar de os lanches vendidos nestes locais variarem muito no teor nutricional, muitos deles são ricos em energia, açúcar, gordura e sódio e têm um valor nutricional muito pequeno (21-23). O reconhecimento de que estes lanches consumidos nas escolas podem ter uma importante contribuição para a ingestão diária de nutrientes dos alunos (24-26), pode-se aumentar os esforços para garantir que sejam disponibilizados lanches saudáveis em todo o ambiente escolar.

O trabalho "Chamado para Ações para Prevenir e Reduzir o Sobrepeso e a Obesidade", feito pelo Surgeon General U.S, recomenda que sejam fornecidos lanches saudáveis em vending machines, lanchonetes e cantinas das escolas, com um controle da própria escola (25). Além disso, a entidade recomenda a adoção de políticas para garantir que todos os alimentos e bebidas vendidos em escolas estejam de acordo com o Guia Dietético para Americanos (27) e que as opções de alimentos com baixo teor de gordura, calorias e açúcar, como frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos lácteos desnatados sejam fornecidos com maior freqüência (25).

Como resultado de contratos de exclusividade, muitos estudantes têm pronto acesso a refrigerantes e petiscos nas escolas (21). Para fornecer aos estudantes escolhas mais nutritivas, algumas escolas dos EUA estão disponibilizando em vending machines leite fluido resfriado, em porções individuais e embalagens que podem ser seladas novamente após abertas, com uma variedade de sabores e teores de gordura (26).

O programa americano "Action for Healthy Kids State Teams", resultado da reunião "Healthy Schools Summit: Taking Actions for Children's Nutrition and Health" www.ActionForHealthyKids.org, está identificando metas e planos de desenvolvimento de ações para melhorar a nutrição de crianças dentro do ambiente escolar (28). Uma meta é garantir que lanches e alimentos saudáveis sejam fornecidos em vending machines e lanchonetes, com o controle das escolas.
O Asterschool Snack Program do USDA, que passou a fazer parte da lei em 1998 nos EUA (P.L. 105-336), oferece aos alunos lanches saudáveis e a oportunidade de praticar os conhecimentos adquiridos nas aulas de educação em nutrição (29). Este programa, disponível como parte do Programa Nacional de Lanche Escolar http://www.fns.usda.gov/cnd/Afterschool/default.htm do Programa de Cuidados Alimentares para Adultos e Crianças do USDA, fornece reembolsos em dinheiro por lanches fornecidos a crianças até 18 anos de idade em certos programas escolares. O padrão de refeição afterschool - fora dos horários da escola - é baseado nas necessidades nutricionais de crianças de 6 a 12 anos de idade e pode fornecer dois dos seguintes itens: um copo de leite fluido, 1 onça (28,35 gramas) de carne ou alternativa à carne; ½ copo de fruta ou vegetal ou suco 100% natural; ou 1 porção de grãos/pão (29). São necessários mais alimentos para suprir as necessidades de calorias e nutrientes de crianças de idade de 13 a 18 anos.

Influência nas escolhas dos lanches

As escolhas dos lanches das crianças podem afetar a ingestão de nutrientes e, conseqüentemente, a saúde da criança. Muitos petiscos populares consumidos pelas crianças são incluídos no topo da Pirâmide Alimentar do USDA, ou seja, incluem gordura, óleos e doces, como é o caso de salgadinhos, doces, bolachas e refrigerantes (10,13,14,22). Como esses alimentos podem ser ricos em calorias, gorduras, açúcares e/ou sais e pobres em nutrientes essenciais, como cálcio, por exemplo, devem ser consumidos de forma reduzida.

Um recente estudo com estudantes da oitava série dos EUA mostrou que quase metade da ingestão de energia destes estudantes obtida a partir de lanches tinha a contribuição de açúcar (32). Uma alta ingestão de açúcar, especialmente de alimentos que permanecem na boca, que aderem aos dentes e são consumidos entre as refeições, pode contribuir para cáries dentárias e substituir refeições ricas em nutrientes (27,33-35). A excessiva ingestão de refrigerantes tem sido associada com efeitos adversos na ingestão de nutrientes (como o cálcio, por exemplo) por crianças e com o aumento do risco de fraturas ósseas, sobrepeso e problemas dentais (36-42). À medida que a criança se torna mais velha, o consumo de refrigerantes aumenta e o de leite diminui (43,44).

Quando se oferecem lanches às crianças, o melhor a se fazer é fornecer uma variedade de alimentos dos cinco grupos da Pirâmide Alimentar (9) - Lácteos, Carnes/Leguminosas, Vegetais, Frutas e Grãos. Os pais precisam ter lanches saudáveis prontamente disponíveis no ambiente da criança. O site http://www.nutritionexplorations.org traz algumas idéias sobre lanches saudáveis que podem atrair as crianças. Os lanches precisam servir como um suplemento e não como um substituto das refeições e devem ser oferecidos em porções de tamanhos apropriados.

Fatores como a idade da criança, a localidade e a disponibilidade de lanches, bem como os pais, podem influenciar nas escolhas infantis. Um recente estudo feito com grupos de pré-adolescentes (11-12 anos) e adolescentes (16-17 anos) descobriu que a idade das crianças influencia em suas escolhas por lanches ricos em cálcio (45). Crianças mais novas apresentaram maior chance de consumir o leite como lanche do que as mais velhas, que tiveram maior chance de escolher refrigerantes, água e sucos (45). Os autores do estudo sugerem que a localização e a disponibilidade podem ter uma influência nas escolhas dos lanches. As crianças mais novas costumam lanchar mais freqüentemente em casa, onde o leite está prontamente disponível, enquanto as mais velhas consomem mais lanches fora de casa, onde menos bebidas nutritivas são oferecidas com freqüência (45).

O próprio comportamento dos pais pode influenciar as escolhas dos lanches das crianças. Os pais e outros adultos responsáveis podem servir como modelos para o consumo e para a oferta de lanches saudáveis para as crianças. Um estudo recente mostrou que as mães podem influenciar positivamente o status de cálcio, saúde dos ossos e qualidade geral da dieta de suas filhas pequenas dando um bom exemplo, como bebendo leite e aumentando as oportunidades de as crianças consumirem leite (46). Os pais precisam moderar o consumo de lanches pelas crianças, mas o excesso de restrição aos alimentos pobres em nutrientes e ricos em energia, mas altamente palatáveis, pode levar as crianças a preferirem e consumirem mais esses alimentos, mesmo quando não estão com fome, quando elas têm a oportunidade de escolher livremente (17,18,47).

Benefícios nutricionais e para a saúde dos alimentos lácteos consumidos como lanches

Melhorando a qualidade nutricional das dietas das crianças

Os lanches podem ter uma contribuição substancial na ingestão de nutrientes pelas crianças, dependendo do tipo e da quantidade de alimentos e bebidas consumidos. Uma preocupação existente é que o aumento da ingestão de energia total devido à alta densidade energética de alguns lanches e petiscos e as porções muito grandes possam predispor crianças ao ganho de peso (3).

O leite e os outros produtos lácteos são alimentos densos em nutrientes, fornecendo grandes quantidades de nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento de crianças (48). O leite, por exemplo, incluindo as versões desnatadas, é uma excelente fonte de cálcio, vitamina D, riboflavina e fósforo e uma boa fonte de proteína, potássio, vitamina A, vitamina B12 e niacina. Devido à densidade nutricional dos produtos lácteos, o aumento de sua ingestão pode ajudar a melhorar a qualidade nutricional total da dieta das crianças (36,37,49).

Os alimentos lácteos não somente são ricos em nutrientes, como não contribuem com o excesso de ganho de peso e de gordura corpórea (50,51). O leite acrescido de sabor é um bom exemplo de bebida que tem levado a um aumento da ingestão de cálcio pelas crianças sem aumentar sua proporção diária de calorias oriunda da gordura ou do açúcar, comparado com crianças que não consomem leite acrescido de sabor (52). Existe uma grande variedade de produtos lácteos ricos em cálcio - leite, queijos e iogurte, por exemplo - com variados teores de gordura e calorias (integral, desnatado, semi-desnatado) disponíveis como lanches para crianças (47,53). As pesquisas emergentes sugerem que o aumento da ingestão de cálcio e produtos lácteos está associado com o decréscimo do peso corpóreo e da gordura corpórea (54,55). Em um estudo de cinco anos com crianças da pré-escola, altas ingestões de cálcio e alimentos lácteos estiveram associadas com menor gordura corpórea (54).

Melhorando a saúde dos ossos

O consumo de três porções de produtos lácteos por dia, incluindo as versões com baixo teor de gordura, durante a infância pode proteger contra fraturas ósseas nesta fase (56) e osteoporose na idade adulta (53,57,58), bem como levar à adoção de um estilo de vida que apóia a saúde óssea (59). O leite e os demais produtos lácteos representam uma importante fonte de nutrientes como cálcio, vitamina D (se fortificado), proteína, magnésio e vitamina A, necessários para a saúde dos ossos (60). O cálcio é o mais importante nutriente para maximizar o pico de massa óssea, que pode ajudar a reduzir os riscos de osteoporose na idade adulta (53,57). No entanto, a maioria das crianças e adolescentes ingerem quantidades de cálcio bem abaixo da recomendada (16,61).

A baixa ingestão de leite e outros alimentos lácteos contribui para a carência de cálcio entre as crianças (11,37,53). A Academia Americana de Pediatras, ao pedir que os pediatras dos EUA recomendem o consumo de leite e produtos ricos em cálcio diariamente pelas crianças, sugere que as necessidades de cálcio sejam supridas primeiramente através dos alimentos uma vez que os hábitos alimentares desenvolvidos durante a infância tendem a serem seguidos durante toda a vida (53).

Protegendo contra caries dentárias

O consumo freqüente de alimentos e bebidas contendo açúcar - ou outro carboidrato fermentável -, como doces, bolachas, salgadinhos e refrigerantes, pode promover o desenvolvimento de cáries dentárias (42,62). No entanto, o consumo de leite e especialmente de algumas variedades de queijos com lanches pode ajudar na proteção contra a doença (63-67).

Vários queijos, incluindo cheddar, suíço, gouda, mussarela, entre outros, têm demonstrado, sob condições experimentais, ajuda na prevenção contra cáries dentárias. Isto acontece porque estes queijos reduzem a desmineralização do esmalte do dente e melhoram a re-mineralização das lesões das cáries (63-66). Fatores como textura dos queijos, que estimula o fluxo salivar, e seus nutrientes como proteínas, cálcio, fósforo, contribuem para este efeito protetor contra a cárie dentária (63-66).

A Academia Americana de Dentistas Pediatras (AAPD) recomenda que as crianças recebam no máximo três ou quatro lanches por dia e que estes lanches contribuam com a nutrição e a saúde geral da criança (67). Queijos, vegetais, iogurte e leite achocolatado são identificados pela AAPD como lanches saudáveis para crianças (67). Para reduzir os riscos de cáries dentárias, as crianças devem limitar sua ingestão de alimentos contendo açúcar para as horas das refeições e praticar uma boa higiene dental diária (isto é, escovar os dentes com pastas de dente com flúor depois de consumir os lanches) (27).

Conclusões

Especialistas em nutrição concordam que não existem alimentos "bons" ou "ruins" e que todos os alimentos podem ser adequados a uma dieta saudável (68,69). As escolhas de lanches para as crianças devem incluir uma variedade de alimentos, abrangendo todos os grupos da pirâmide alimentar, com menos participação daqueles que estão no topo da pirâmide (como gorduras, óleos, açúcares). A inclusão dos produtos lácteos como lanches no dia a dia das crianças pode ajudar não somente a reduzir o consumo de gordura e açúcar em excesso, contribuindo, desta forma, para a redução dos riscos de sobrepeso e obesidade infantil, mas também, significar um aporte de nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento de crianças e jovens. Atualmente, existem muitos produtos lácteos desenvolvidos especialmente para o público infantil que podem perfeitamente substituir alimentos menos densos nutricionalmente nos momentos dos lanches.

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Material escrito por:

Juliana Santin

Juliana Santin

Médica veterinária formada pela FMVZ/USP. Contribuo com a geração de conteúdo nos portais da AgriPoint nas áreas de mercado internacional, além de ser responsável pelo Blog Novidades e Lançamentos em Lácteos do MilkPoint Indústria.

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