Itália aprova reestruturação da Parmalat

O governo da Itália aprovou ontem o plano de reestruturação do grupo Parmalat. Ele estabelece a modalidade de devolução da dívida e inclui medidas como a redução de sua presença internacional.

O ministro de Atividades Produtivas, Antonio Marzano, deu sinal verde ao projeto elaborado pelo gerente extraordinário da companhia, Enrico Bondi, que determina uma retribuição aos pequenos investidores de 650 warrants (opções de compra e venda de ativos) para cada mil ações.

O plano previa inicialmente a concessão de 500 warrants para cada mil ações, cifra que foi ampliada a pedido do Ministério de Atividades Produtivas.

A reestruturação da dívida inclui injeção de capital para a distribuição das novas ações, que poderiam ser readmitidos na bolsa italiana em dezembro, diz o gerente extraordinário da empresa.

Depois da possível colocação das ações no mercado, os credores teriam a possibilidade de conservar ou vender de forma imediata sua participação. O titular de Atividades Produtivas reconheceu que o plano de saneamento faz o "máximo esforço" para permitir aos credores recuperar parte das ações, embora "recuperar todo o capital investido não será possível".

O projeto para salvar a Parmalat, que deve obter autorização dos credores, inclui também a redução de sua atividade internacional para cerca de dez países e a concentração de atividade em uma área de negócio principal, que seria o da produção de lácteos e derivados e sucos.

Se as estimativas no documento se cumprirem, o gigante agroalimentar poderia reduzir neste ano suas perdas para ? 108 milhões e voltaria ao lucro em 2005, com ganhos de cerca de ? 121,2 milhões.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe MilkPoint