O professor discutiu, com os cerca de 600 produtores, estratégias para tornar a produção de leite mais competitiva. Para isso, ele destacou três pontos: a redução dos custos, a diferenciação e segmentação do mercado e as estratégias e vantagens da associação em cooperativas. Segundo ele, é fundamental que o produtor busque intensificar a produção, mas com uma gestão consciente deste crescimento, procurando também elevar sua produtividade.
É a primeira vez que Uberlândia recebe o Interleite, que é realizado a cada dois anos. Atualmente, de acordo com números do IBGE, a bacia leiteira da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba concentra quase 10% da produção total brasileira, que nos últimos 15 anos teve um crescimento acumulado de 62%. Em 2004, a atividade registrou um faturamento de R$ 11,8 bilhões, o que lhe garantiu a 6a posição entre as commodities agrícolas.
Qualidade
O aumento da produção brasileira já faz com que o produtor comece a pensar com mais clareza no comprador internacional. Mas, para que o produto brasileiro ganhe espaço no mercado externo, a uniformidade da produção é indispensável. Apesar de polêmica, Chaddad defendeu a aplicação da Instrução Normativa 51, que regulamenta o armazenamento e o transporte do leite. "Se o Brasil quer ser competitivo, tem que investir na qualidade e isto passa pela forma de armazenagem e transporte", considerou o professor.
O diretor do Departamento Econômico da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios, que congrega 89 cooperativas em todo o país, Vicente Nogueira, é outro que defende a padronização da produção, o que representará, segundo ele, não só um salto importante em direção à qualidade, mas também a conquista do mercado internacional. "É a possibilidade de nos transformarmos em um grande concorrente do mercado internacional", acredita.

Fonte: Divulgação Interleite

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Fonte: Jornal Correio/Uberlândia (por Rogério Tadeu), adaptado por Equipe MilkPoint
