
Nesta segunda-feira, pela manhã, em painel coordenado pelo Prof. João W. Dürr, presidente do CBQL, a Instrução Normativa 51 foi debatida pelo Dr. José Renaldi, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, que fez um histórico sobre a concepção e aprovação das normas; pelo Dr. Maçao Tadano, secretário de Defesa Agropecuária, que abordou as ações do Mapa para controle de fraudes e operacionalização dos laboratórios de referência. Jacques Gontijo, da OCB e Itambé e Vilson Testa, da CEPAF - Agricultura Familiar, de Santa Catarina.

A polêmica marcou a discussão. Do público, vieram dúvidas do tipo "como uma empresa de laticínios garante suprimento se, ao exigir qualidade, corre o risco de perder produtores para empresas concorrentes, menos exigentes". Rodrigo Alvim, da CNA e presidente da Câmara Setorial do Leite disse que "Não há dúvida que a qualidade impõe um custo a mais, mas é uma característica inerente ao processo produtivo e que devemos nos adaptar".

Vilson Testa alertou sobre os riscos de exclusão de produtores com a IN 51, colocando a "Inflexibilização das Normas" como algo preocupante. "É preciso dar condições de capacitação para agricultores que queiram se capacitar", afirmou. Maçao Tadano, do Mapa, comentou que as normas não podem ser flexibilizadas, porque isso poderia significar diminuir a ênfase em saúde humana. "É necessário que façamos uma campanha nacional de conscientização sobre qualidade", afirmou. Em relação às fraudes, Tadano foi taxativo: "Vamos até onde for preciso para garantir a qualidade, nem que tenhamos de trabalhar em conjunto com a Polícia Federal e com o Ministério da Justiça para punir os infratores".

O I Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite está ocorrendo em Passo Fundo, RS, sendo uma iniciativa do CBQL e do site MilkPoint.


Fonte: Equipe MilkPoint