Indústria de lácteos dos EUA aprova negociações da OMC

Publicado por: MilkPoint

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O avanço nas negociações ocorrido no último final de semana sobre o comércio mundial foi recebido com uma aprovação moderada pela indústria de alimentos da Europa, que deverá reduzir gradativamente os subsídios às exportações de alimentos.

A indústria de alimentos da União Européia (UE) exporta cerca de 45 bilhões de euros (US$ 54,21 bilhões) por ano, mas o novo acordo escrito por 147 países que participaram das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra no último final de semana poderá determinar o fim dos subsídios que ajudam estas exportações.

"Uma vez que os subsídios às exportações representam uma compensação pelos maiores preços agrícolas da UE, sua eliminação resultará na inviabilidade de certas exportações. Desta forma, se a Comissão Européia se comprometer a isso, terá que enfrentar as conseqüências", alertou a Confederação da Indústria de Alimentos e Bebidas da UE pouco antes da reunião.

A indústria de 600 bilhões de euros (US$ 722,88 bilhões), o maior setor manufatureiro da Europa, está preocupada que o acordo possa comprometer a competitividade das indústrias de alimentos e bebidas européias através da redução gradativa dos subsídios e sem a "disponibilidade de matérias-primas agrícolas competitivas".

Porém, a indústria de lácteos dos Estados Unidos aprovou a evolução ocorrida em Genebra, dizendo que as negociações representaram um desenvolvimento positivo para os produtores de leite, processadores e exportadores norte-americanos. A Federação Nacional dos Produtores de Leite (National Milk Producers Federation - NMPF) e o Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (U.S. Dairy Export Council - USDEC) aprovaram o fato de, pela primeira vez, vários objetivos essenciais para o setor de lácteos dos EUA terem sido incorporados, incluindo a eliminação total dos subsídios de exportação, "que reduzirá as vantagens artificiais de preços da UE, seu uso desenfreado de subsídios de exportação aos produtos lácteos, e fazer com que os produtos dos EUA se tornem mais competitivos".

Além disso, segundo as associações, "a retirada das altas tarifas que protegem mercados chave da UE, Suíça, Japão e Canadá significa que poderá ser possível que os EUA obtenham maior acesso a esses importantes mercados de lácteos, comparado com o acesso que os EUA podem fornecer em troca".

Os países ricos têm sido bastante criticados por seus subsídios comerciais distorsivos que apóiam as capacidades comerciais de suas indústrias locais, permitindo que estas indústrias exportem produtos com preços subsidiados e, conseqüentemente, mais vantajosos.

Após o fracasso das reuniões da OMC feitas em Seattle e, em setembro passado, em Cancun, os participantes das negociações do último final de semana estiveram sob pressão para chegar a um acordo de estrutura. O grupo G20, liderado pelo Brasil e que inclui Índia, China e África do Sul, foi formado antes da reunião de Cancun para pressionar por profundos cortes nos subsídios agrícolas dos países ricos.

Em 05/08/04 - 1 Euro = US$ 1,2048
0,83001 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


Fonte: Dairy Reporter, adaptado por Equipe MilkPoint
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