IN 51: produtores terão 6 meses para se adequarem

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O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabeleceu um prazo de seis meses para adequação dos novos parâmetros de qualidade do leite definidos na Instrução Normativa nº 51, em vigor desde sexta-feira (primeiro de julho) nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Nordeste, a IN 51 passará a vigorar a partir de primeiro de julho de 2007.

Segundo a chefe da Divisão de Leite do Dipoa, Priscilla Bagnatori Rangel, a IN admite o transporte de leite cru em latões em temperatura ambiente, desde que a matéria-prima atinja os padrões de qualidade definidos em regulamento técnico específico e o leite seja entregue nas indústrias em no máximo duas horas após a ordenha. "Os produtores com dificuldades de se adequar à normativa não ficarão obrigados a adquirir tanques de refrigeração", explicou Priscilla.

A IN 51, desde setembro de 2002, estabelece novos padrões de qualidade para os diversos tipos de leite comercializados no país. Ela fixa parâmetros como contagem de células somáticas e contagem bacteriana total, além de estabelecer padrões mínimos de gordura, proteína e acidez, entre outros.

Segundo Priscilla Rangel, a nova regra também permite o uso coletivo de tanques de refrigeração a granel (comunitários) e tanques por imersão em água gelada. Durante o início da IN, as ações de fiscalização terão caráter educativo, visando orientar o produtor. "O produtor rural não será prejudicado, pois as exigências referem-se, basicamente, à sanidade do rebanho leiteiro e à higiene, fatores essenciais no processo produtivo, independentemente de normas", ressaltou a técnica.

Ela acrescentou que, nesta primeira etapa, a IN 51 tem como objetivo levantar informações sobre as condições higiênico-sanitárias do leite cru refrigerado e produzido nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. "Serve também para identificar os eventuais entraves que possam dificultar a execução dos procedimentos previstos", informou a chefe da Divisão do Leite.

Priscilla Rangel disse ainda que as indústrias deverão monitorar a qualidade da matéria-prima, encaminhando as amostras de leite cru para um dos laboratórios da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite (RBQL).Ela enfatizou que a melhoria da qualidade do leite no Brasil permitirá ao consumidor ter acesso a produtos lácteos mais seguros.O Brasil produz anualmente cerca de 24 bilhões de litros de leite.

Fonte: Mapa, adaptado por Equipe MilkPoint
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Claudio Napolis Costa
CLAUDIO NAPOLIS COSTA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 06/07/2005

A IN 51 cria as condições básicas para a orientação gradual do sistema produtivo para a produção de leite com um efetivo controle de qualidade.



O seu adiamento posterga a oportunidade das indústrias de laticínios terem condição de monitorarem o leite que é produzido e destinado ao processamento



A IN 51 deve ser entendida e focada como um processo orientador, educativo. Aqueles produtores que estão superando consistentemente os limites estabelecidos pela IN dependem de uma orientação técnica para os devidos ajustes nos procedimentos de ordenha e manuseio do leite até a recepção



Não se está pensando em punir produtor, jogar leite fora, ou mesmo deixar de pagar ao produtor que não atender os limites.



Como saber sobre a qualidade do leite e identificar aqueles produtores que precisam de orientação se não se faz controle algum ?



O governo peca por adiar todo um esforço da cadeia produtiva. Muitos falam sobre o que não sabem e assumem posições demagógicas.



Repete-se o exemplo da rastreabilidade e cria-se oportunidades para sermos criticados e recebermos visitas de inspeção de especialistas externas para nos dizer o que devemos fazer.



É uma ação educativa, e embora fundamental, não é por si só suficiente para melhoria da qualidade do leite produzido no Brasil. Outras ações de educação do consumidor para valorizá-la e da própria indústria em remunerar aos produtores pela própria qualidade do leite que obtém e tem maior rendimento no processamento devem ser implementadas.



A conta deve ser paga, de forma distribuída, compartilhada por todos os segmentos da cadeia produtiva. Deve imperar a filosofia do ganha-ganha. E o governo, ao invés de intermediar os interesses, simples e demagogicamente toma a decisão de adiar, lavando as mãos.



O que acontecerá daqui a seis meses?



O que deve ser feito neste período?



A quem <b>compete</b> alguma iniciativa para que tal situação não se repita?



Dá para aprender com o que houve com a rastreabilidade e as pressões atuais sobre a cadeia produtiva da carne?



O nível de risco sanitário do Brasil está sendo questionado. Por quê ?



Será que afetará a nossa competitividade e nos limitará acesso aos mercados vias barreiras não tarifárias?



Tais ações me parecem muito claras em seus objetivos de colocar o Brasil sob questionamento do efetivo controle de qualidade e segurança dos produtos que ofertam no mercado, particularmente no internacional. Neste particular a IN 51 é uma condicionante estrutural para a implementação da rastreabilidade na cadeia produtiva do leite (com conhecimento de causa, não de cima para baixo, sem planejamento e desqualificação de competências).



O interesse é de todos os setores da cadeia produtiva do leite. A qualidade é quesito de segurança para o consumo interno e condição necessária para o acesso competitivo ao mercado externo. O Brasil, pelo esforço integrado das lideranças de diversos setores evoluiu em todos os sentidos (mas muito ainda há por fazer) e veio por conquistar mercado externo, invertendo o saldo da balança comercial do setor. Este esforço pode estar sendo comprometido por esta inoportuna decisão.
Ângela de Faria Maraschin
ÂNGELA DE FARIA MARASCHIN

OUTRO - RIO GRANDE DO SUL - ESTUDANTE

EM 05/07/2005

Quando será que o governo vai respeitar com seriedade os prazos que ele mesmo estabelece? Será que acontecerá o mesmo que aconteceu com a rastreabilidade? O governo precisa agir com mais coerência, para que possamos passar a levar à sério as suas recomendações.

Ivan Geraldo Borges
IVAN GERALDO BORGES

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - EMPRESÁRIO

EM 05/07/2005

Palhaçada, o governo não consegue colocar a IN 51, de 15 setembro de 2002, e fala em mais 6 meses para adaptação a "nova" IN. Este governo se mostra mais eficiente no esquemas de manobras como MENSALÃO do que as matérias que realmente precisam ser aplicadas.
Fernando Zaparolli
FERNANDO ZAPAROLLI

PEREIRA BARRETO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/07/2005

ACHO VÁLIDA QUALQUER INICIATIVA PARA MELHORAR A QUALIDADE.



MAS O QUE ESTOU VENDO NO CAMPO É UMA TREMENDA ENGANAÇÃO.



ESPERO QUE O MAPA LEIA ISTO.



DIZEM QUE NÃO PODE TRANSPORTAR EM LATÕES ATÉ A EMPRESA E SE O FIZER TEM QUE SER ATÉ 10H OU 2H APÓS ORDENHA, MUITO BONITO.



E TANQUES COMUNITÁRIOS SERÃO PERMITIDOS, MUITO BEM...



ACONTECE QUE MUITAS EMPRESAS (SIF SISP E SIM) TEM TANQUES COMUNITÁRIOS E O QUE ACONTECE?????



LEITE SENDO RECOLHIDO AS 10, 11, 12H NO LATÃO E DESPEJADO NOS TANQUES.



QUAL A PROVA????? ALIZAROL E "SEJA O QUE DEUS QUISER".



QUEM ANALISA???? QUALQUER UM (SEM DESMERECER NINGUÉM)



QUE QUALIDADE É ESTA?



ISTO É SÓ PARA TER NÚMEROS DE QUE ESTÁ GRANALIZADO E MOSTRAR LÁ FORA. QUE BALELA, GENTE. ACORDA!!!!!



AGORA QUESTIONO E FICO INDIGNADO:



EM UMA EMPRESA QUE TEM MÉDICOS VETERINÁRIOS, LABORATÓRIO, INSPEÇÃO, NÃO PODE RECEBER EM LATÕES DEPOIS DAS 10H , MAS EM TANQUE COMUNITÁRIO PODERÁ????



GENTE, VEJAM A IN 51 DE TODOS OS LADOS. ELA É IMPORTANTÍSSIMA, MAS ESTOU VENDO QUE ESTAMOS DANDO UM PASSO ATRÁS QUANDO SE DIZ EM TQS COMUNITÁRIOS PARA SALVAR OS PEQUENOS.......



É MELHOR O PEQUENO ENTREGAR INDIVIDUALMENTE EM INDÚSTRIA QUE ANALISE O LEITE, COM ISTO O PEQUENO VAI SE TORNAR MÉDIO E QUEM SABE GRANDE...



A EMPRESA QUE TRABALHO COMO MÉDICO VETERINÁRIO SÓ TEM PEQUENO PRODUTOR (O QUAL DEFENDO ATÉ EMBAIXO DE TIRO); SEM ELE A INDÚSTRIA FECHA.



O LEITE CHEGA, DEPOIS DE MUITO TRABALHO, NO MÁXIMO 10:10H (ONDE ESPERÁVAMOS A ENTRADA DA IN PARA DARMOS MAIS UMA "PANCADA" NO HORÁRIO DE RECEPÇÃO).



A QUALIDADE É MUITO BOA DO LEITE RECEPCIONADO E DO PRODUTO FINAL (SOMENTE PASTEURIZADO COM VALIDADE DE 7 DIAS TIPO C (EXTINTO))



ESTOU PREOCUPADO COM ESTA MAQUILAGEM DO SETOR EM TERMOS DE GRANELIZAÇÃO PARA "GRINGO" VER.



NÃO SEI SE CONCORDAM.



SAUDAÇÕES LEITEIRAS....

.

Luciana Duarte Nomura Debona
LUCIANA DUARTE NOMURA DEBONA

OUTRO - PARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 04/07/2005

Espero sinceramente que este período seja aproveitado para se resolver o problema e não adiá-lo como ocorreu nos últimos anos.



Para nós, que somos veterinários, resta a missão de colaborar com essa missão, dando suporte técnico e esclarecimento.



Temos que mostrar para o produtor que ele tem nas mãos uma atividade que está mudando, e para melhor. Mostrar que a IN 51, pode trazer qualidade para seu produto e um melhor ganho a longo prazo.
Qual a sua dúvida hoje?