IN 51: produtor está desorientado

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O produtor de leite de Porto Feliz (SP), José Alberto Paiffer Menk, diz que o governo ainda não está cumprindo seu papel, que é orientar os criadores com relação às novas normas da produção leiteira.

Quem está fazendo isso, diz Menk, é a iniciativa privada. "Os produtores estão completamente desorientados e ainda não entenderam que a IN 51 é uma aliada; sequer conhecem as novas regras de produção".

Para o produtor José Donato Dias Filho, de Miguel Pereira (RJ), o que falta é o governo fornecer a infra-estrutura necessária para que a IN 51 dê certo e consiga a adesão dos produtores. "Como fica o pequeno produtor que não tem tanque de resfriamento? O governo não oferece condições que tornem viável esse novo sistema", aponta.

Criadores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão recebendo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), cartilhas com orientações e dicas de como melhorar a qualidade do leite. O livro Como Produzir Leite de Alta Qualidade foi elaborado justamente para esclarecer a IN 51 para o produtor.

Segundo a CNA, o que está dificultando a adesão ao novo sistema de produção é a falta de orientação técnica, de treinamento e de capacitação da mão-de-obra. "Muitos produtores vêem essa instrução como mais um problema. Será um problema para quem não tem higiene e produz leite sem qualidade", diz Menk, que possui 305 animais e uma produção diária de 2.100 litros de leite.

Ele adotou um sistema computadorizado de ordenha, que controla individualmente o animal. Adiantado, já envia amostras de leite à Clínica do Leite, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP). Dono de um laticínio, Menk recebe matéria-prima de outros produtores.

O produtor discorda quanto ao critério adotado para análise do leite armazenado em tanques comunitários. "É coletada uma amostra do tanque inteiro, quando o mais seguro seria analisar a amostra individualmente. Outra falha está no recebimento do leite nesses tanques, que deve ter um responsável treinado, para evitar que um produto contamine o resto do tanque".

Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola, adaptado por Equipe MilkPoint
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angélica aparecida bueno
ANGÉLICA APARECIDA BUENO

SOROCABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/10/2005

Faço minhas as palavras do Sr. José Alberto Paiffer Menk, posto que ainda restam inúmeras dúvidas relativas às determinações da IN 51.



Em razão das alterações advindas com a instrução normativa, nenhum esclarecimento satisfatório foi ministrado aos produtores, especialmente os pequenos. É necessário sanar tal dano, antes que o mesmo aumente seus efeitos, complicando ainda mais a situação do produtor.
Qual a sua dúvida hoje?