I São Paulo Leite Show discute cooperativas de leite
Publicado por: MilkPoint
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A palestra contou com a presença de representantes das cooperativas, produtores e especialistas sobre o setor lácteo. O evento teve como objetivo promover a discussão sobre o setor lácteo, ressaltando seus entraves para crescimento e desenvolvimento, além da exposição de sugestões para solução destes.
Representando as cooperativas, Daniel de Figueiredo Felippe, vice-presidente da OCESP e presidente da Central Leite Nilza, ministrou apresentação ressaltando a importância e a representatividade das cooperativas. Felippe disse que os principais problemas que as cooperativas de leite enfrentam são os relacionados à gestão e capitalização das cooperativas. "As cooperativas tiveram enorme dificuldade quando o mercado foi desregulamentado, em 1991. Ainda hoje pagamos causas trabalhistas daquela época", informa.
Marcello de Moura Campos Filho, presidente da Leite São Paulo, apresentou os principais problemas que o setor lácteo enfrenta no estado de São Paulo, tais como queda da rentabilidade dos produtores. O presidente da Leite São Paulo acredita que deve haver uma maior regulamentação do setor, para a manutenção de preços rentáveis para os produtores.
Segundo Marcelo Pereira de Carvalho, do site MilkPoint, uma alternativa para a atual situação do setor lácteo é a organização e associação das cooperativas e empresas do setor, que passam a ter maior poder. "Fusões, aquisições e alianças são alternativas válidas, mas crescer por crescer não é uma alternativa interessante por si só. O crescimento deve estar alinhado à estratégia de cada empresa. É possível atuar em um nicho de mercado, sendo competitivo, mas se o objetivo é brigar por uma fatia considerável do mercado, não vejo outro caminho senão uma maior integração entre cooperativas", disse.
Para Sigismundo Bialoskorski Neto, professor da Universidade de São Paulo (USP), há uma questão cultural entre os dirigentes e os próprios associados das cooperativas, que tendem a não aceitar fusões com outras cooperativas ou empresas. "Não nececessariamente o que ocorreu em outros países irá ou deverá ocorrer aqui", comenta. Para ele, também é preciso reconsiderar a profissionalização. "Há cooperativas americanas que defendem a permanência do produtor como executivo da cooperativa. Profissionalizar não é uma questão fechada".
Fonte: MilkPoint
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