Goiás ganha o mundo com queijos especiais
Publicado por: MilkPoint
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Antes de lançar-se ao desafio, o advogado Marco Antônio Mundim chegou a pensar em vender o leite. Mas lembrou-se do que tem ouvido sobre a baixa remuneração do produto. Como gastaria com tecnologia para fazer bem feito, fosse que produto fosse, recordou-se de muitas fazendas francesas produtoras de queijos. Ele conta que todo ano viaja duas vezes para a Europa e gosta de visitar as propriedades rurais.
Ao tomar a decisão, falou sobre o plano com um grande empresário nigeriano, Dan Etele. Ele gostou tanto da idéia que se dispôs a acertar a vinda de um dos técnicos franceses mais renomados do setor à Morada do Bosque. Há pouco mais de um ano e meio, o consultor chegou à fazenda, na companhia do especialista Gilles Grateau.
Os dois observaram toda a propriedade, concluíram que havia a estrutura necessária. Seguiram-se, então, a definição dos produtos a serem lançados inicialmente e a orientação técnica para a fabricação, inclusive com treinamento de funcionários.
O administrador de empresas Mateus Pedro Stefanello, responsável pela parte comercial, diz estar tranqüilo quanto à conquista de mercado. O consumo está crescendo tanto em Goiás quanto nacionalmente, e as vendas vão começar pelo mercado externo. Bem relacionado com empresários do setor alimentício fora do Brasil, Mundim já fechou três acordos para exportação a partir de março do ano que vem. Será a incursão de Goiás em um mercado que parecia distante para os goianos.
O Estado é o maior produtor de queijos do País, já superou Minas Gerais na oferta do produto, mas limita-se basicamente aos queijos tipo minas, frescal e mussarela. São produtos para consumo rápido e para a indústria alimentícia. Uma parcela significativa é produzida a baixo custo, para atender a consumidores de médio ou baixo poder aquisitivo. Agora, o Estado quer provar que pode produzir queijos maturados e tão finos quanto os elaborados na França. Para a marca, o fabricante escolheu um nome à altura do desafio: Le goût de France.
Manejo
Cenário de local turístico, mas engana-se quem pensa que está em uma estância de lazer. O planejamento empresarial se sobressai à medida que se conhece todo o sistema de manejo do rebanho, desde a fase de reprodução até a coleta e a industrialização do leite. A inseminação artificial para acelerar a melhoria genética do rebanho Jersey e o trato das fêmeas prenhes, que muda conforme a fase de gestação, evidenciam a assistência técnica permanente, sob a gerência da médica veterinária Albertina Gundim.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe MilkPoint
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