Fora da Nilza, Casmil busca crescimento

Publicado por: MilkPoint

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A Casmil, tradicional cooperativa do Sudoeste Mineiro, busca se recuperar após sair da Central Leite Nilza, da qual foi uma das fundadoras, há cerca de três anos.

Segundo Luiz Ricardo dos Santos, ex-gerente de captação e industrial e desde 1º de novembro superintendente da Casmil, a empresa vem aumentando a captação de leite, que hoje chega a 200.000 litros diários, provenientes de cerca de 1.300 cooperados ativos. "Desconheço cooperativa que capte mais leite diariamente, direto dos cooperados", afirma ele.

Em 10 meses, a captação subiu de 80 para 200.000 litros diários, sendo a meta para 2005 atingir 250.000 litros diários. Nos últimos meses, a produção direta dos cooperados cresceu entre 15 e 20%, estima Santos.

A empresa está comercializando o leite com grandes laticínios, através de contratos de fornecimento para o período das águas e das secas, porém a preços de mercado. Também, a cooperativa voltou a industrializar. "São hoje 15.000 litros diários, sendo por volta de 10 a 12.000 na forma de leite pasteurizado, da marca Casmil. A meta é atingirmos até 40.000 litros diários industrializados, produzindo leite pasteurizado, queijos, requeijão e bebida láctea", informa ele.

Situação da cooperativa

Acerca dos boatos a respeito da situação da Casmil, Santos informa que o fluxo de caixa está positivo desde outubro. "O problema é que gestões anteriores deixaram um furo muito grande. Estamos renegociando as dívidas, que são de R$ 5 milhões, para um faturamento de R$ 8,5 milhões mensais, com perspectiva de crescimento para R$ 10 milhões já para janeiro", prevê. "Os bancos estão bastante receptivos".

Para ele, Passos tem uma localização estratégica para fornecimento de leite para São Paulo e Belo Horizonte. "Estamos sendo e seremos muito assediados", informa ele, dizendo que não vê problema também de voltar a fornecer leite para a Nilza, no mercado spot.

Santos foi nessa terça-feira (23) a Nilza negociar algumas pendências com a atual diretoria e com os gestores do fundo que se associou a central, mas a situação só será resolvida mesmo ao final do ano.

Mercado

Para Santos, o mercado hoje está em queda, fruto do aumento da produção e com a perspectiva das férias escolares. "Tivemos uma queda de R$ 0,04 a R$ 0,05 por litro. Porém, acredito que 2005 será um ano bastante bom, porque não há volume de leite suficiente para que tenhamos uma queda significativa nos preços", comenta.

Nessa situação, a Casmil deve ter um bom crescimento em 2005, porém com um foco mais estreito: "As cooperativas não são entidades que devem visar lucro, mas sim ajudar o produtor. Temos de fazer bem feito a captação e assistência, o resto - industrialização e comercialização - deve ficar com quem sabe fazer", finaliza.

Fonte: MilkPoint
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