Filial argentina da Parmalat terá novo dono

A filial argentina do grupo lácteo italiano Parmalat será comprada por US$ 20 milhões por um grupo argentino, que assumirá um passivo de US$ 70 milhões. A confirmação do negócio foi dada na última sexta-feira ao ser firmado um princípio de acordo entre o empresário argentino e a firma italiana, que tem três fábricas de produção distribuídas na Argentina.

A venda da filial argentina, que tem um faturamento anual de cerca de US$ 50 milhões, foi atrasada nos últimos meses devido ao passivo, enquadrado em um plano de reestruturação da multinacional italiana após o escândalo financeiro que ocorreu no final de 2003.

A compra se tornará pública em quatro semanas, após terem sido obtidos os procedimentos de aprovação que o comprador deverá realizar ante o governo italiano, pois a companhia está sob administração extraordinária de uma comissão designada pelo Ministério de Atividades Produtivas da Itália.

O grupo argentino encabeçado por Sergio Tasselli possui no setor alimentício o moinho Bruning e um frigorífico. O empresário também foi proprietário do serviço ferroviário Metropolitano.

A Parmalat anunciou a venda de sua filial argentina em março passado como parte do plano de reestruturação elaborado pelo comissário extraordinário da companhia, Enrico Bondi.

Tasselli quer Parmalat competindo com Danone e Nestlé

Tasselli se prepara para tomar as rédeas da companhia e "remontá-la", mantendo sua atual estrutura de trabalhadores e ampliando a mesma em resposta a um ambicioso plano de expansão das marcas no mercado de produtos frescos, no qual a francesa Danone e a União Transitória de Empresas (UTE) - que consiste na aliança da SanCor com a Dairy Partners Americas Argentina (Nestlé e Fonterra) - lideram a batalha.

Segundo fontes ligadas às negociações, o empresário italiano que construiu uma holding de empresas na Argentina apresentou às autoridades italianas um plano de negócios que tende a re-posicionar a marca no mercado local. O projeto, somado à oferta econômica de cerca de US$ 20 milhões, além de assumir a dívida de US$ 70 milhões, o teriam convertido no ganhador da filial argentina, proprietária de duas plantas processadoras de lácteos, em Pilar e em Chascomús, e uma processadora de tomates, em Darwin, em Río Negro, além das marcas Parmalat, Gándara, Saavedra, Chascomús, Fity, Omega3, Sandy, Gandacrem e Parmalat Light.

Fontes da KPMG Itália, consultora encarregada de intervir no processo de venda dos ativos da multinacional, afirmaram que já se chegou a um acordo e que este está sujeito à aprovação por parte do governo italiano.

Fonte: Infobae.com, adaptado por Equipe MilkPoint