Em junho, os comerciantes de São Paulo ficaram menos otimistas em relação à situação econômica do país. Foi o que apontou o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado ontem (11/07) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

Em comparação a maio, o índice caiu 3,5%, atingindo 123,3 pontos em uma escala que varia de 0 a 200 pontos. Acima de 100 pontos (marca de neutralidade), o índice aponta confiança dos entrevistados. De acordo com a Fecomercio-SP, os três subíndices que compõem o indicador caíram em junho. Segundo a federação, isso revela a percepção do empresariado de que a economia crescerá em ritmo mais lento neste segundo semestre.

"Essa percepção está totalmente em linha com a política de aperto monetário e com as medidas ditas macroprudenciais adotadas pelo governo desde o final de 2010 e que estão, gradativamente, surtindo o efeito esperado de restringir a atividade econômica, principalmente o consumo das famílias". Essa foi análise feita pela Fecomercio-SP, divulgada em nota.

O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (102,1 pontos, próximo à pontuação de neutralidade) apresentou queda de 4,6% em junho em comparação a maio. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (151 pontos) caiu 4,1%, mas inda demonstra otimismo com relação à economia no médio e longo prazos. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (116,9 pontos) caiu 1,9% em junho.

A federação avalia que as contratações vão permanecer estáveis no curto prazo, mas os projetos de investimento só voltarão a ser discutidos pelas empresas a partir de 2012, quando o governo der indicações de que voltará a reduzir os juros e a estimular o crédito.

A matéria é de Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.