Exportações chilenas de lácteos podem superar US$ 500 milhões em 10 anos

Publicado por: MilkPoint

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Durante o período de janeiro a setembro de 2004, o Chile registrou um crescimento de 60% nas exportações de produtos lácteos, segundo o diretor da Oficina de Estudos e Políticas Agrárias (ODEPA), Carlos Furche.

Furche está otimista com relação ao futuro do setor, considerando as altas taxas de crescimento. De fato, a recepção de leite nas plantas registrou um aumento recorde de 8%, com o que é possível abastecer o mercado local e ainda, restar um excedente significativo para vender ao exterior (75 milhões de litros).

Mas o setor leiteiro do Chile segue marcado pela tensão entre produtores e compradores (grandes processadoras), tendo como ponto crítico as diferenças de preços. Os produtores estão muito fragmentados e reclamam contra os as grandes empresas processadoras, segmento mais concentrado e com maior força. No entanto, os interesses destes participantes poderiam confluir em um tema inesperado: as exportações.

Tanto os produtores como as indústrias estão apostando no potencial do Chile como fornecedor de mercados internacionais, deixando para trás seu passado de produtor, basicamente, para auto-abastecimento. "O Chile tem características para ser exportador e, efetivamente, estamos na decolagem de uma indústria", disse Furche.

O gerente geral da Associação Gremial de Produtores de Leite de Osorno (Aproleche), Michel Junod, acredita que as exportações de produtos lácteos podem passar de US$ 500 milhões em 10 anos na Décima Região, a principal região produtora do Chile (70%), gerando aproximadamente 50 mil empregos. Um grande salto, considerando que as exportações neste ano deverão ser de US$ 80 milhões em todo o país.

"O Chile está em condições de competir com sua produção estacional no mercado mundial, o que representaria mudar a escala de nível de exportação e passar a valores entre US$ 30 e US$ 500 milhões", disse o presidente da Soprole, José Luis Letelier.

Investimentos

As grandes empresas leiteiras também estão apostando nas exportações. É o caso, por exemplo, da Nestlé, que investiu US$ 10,00 milhões em uma fábrica de leite condensado na cidade chilena de Los Angeles para vender ao México, o principal mercado dos lácteos chilenos. A Soprole anunciou, também, um investimento de US$ 15,30 milhões para aumentar a capacidade de processamento de leite e melhorar a qualidade de sua planta de Osorno.

Letelier afirma que a Fonterra, controladora da Soprole, está apoiando a empresa na decisão de desenvolver o Chile como país exportador de lácteos.

Atualmente são produzidos anualmente mais de 2,00 bilhões de litros de leite no Chile e o consumo é um pouco menor do que a produção. A balança comercial neste setor do Chile está atingindo o superávit. O principal produto de exportação é o leite condensado. Depois, seguem os queijos e o leite em pó.

No entanto, Junod considera chave para a indústria a estabilidade dos preços. Até 1999, o preço era de 50 pesos (8,5 centavos de dólar) por litro (abaixo dos custos de produção), o que desestimulou investimentos e levou ao fechamento de negócios. Atualmente, o preço está em torno de 120 pesos (20,40 centavos de dólar) por litro, no inverno (quando o preço é mais elevado) e é influenciado pelo ciclo internacional.

Em 18/11/04 - 1 Peso Chileno = US$ 0,0011701
588,000 Peso Chileno = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


Fonte: La Tercera, adaptado por Equipe MilkPoint
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