Evento reúne cadeia leiteira de Goiás

Acontece hoje, dia 16, o 12^o Seminário da Pecuária Leiteira de Goiás, no Auditório da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg). O evento contará com a presença do presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado federal Leonardo Vilela (PP).

O evento vai reunir 250 produtores representantes dos sindicatos rurais, técnicos, pesquisadores e autoridades. Entre os assuntos que serão discutidos estão os principais desafios do setor na área econômica e de gestão, a rentabilidade da atividade leiteira, situação do setor produtivo e a importância do cooperativismo.

O presidente da Faeg, Macel Caixeta, que vai abrir o seminário, ressalta a importância dos produtores administrarem suas propriedades como empresas, com o intuito de profissionalizar e fortalecer o setor. Ele explica que, para isso, é necessário que os produtores conheçam a importância das políticas públicas e defendam os interesses da pecuária leiteira.

Dentre os incentivos que a Faeg está buscando conquistar, Caixeta ressalta a isenção do ICMS para o leite, a inclusão do produto na cesta básica e na lista de alimentos do Programa Fome Zero. Ele defende também uma campanha de conscientização política dos produtores, para que eles pressionem candidatos a cargos eletivos e políticos a apoiarem o setor.

Vilela vai apresentar a palestra Políticas Públicas para o Setor Lácteo e explicar as ações do setor que dependem do governo, como os recursos do EGS. O governo garante a produção e o armazenamento do leite excedente, com o objetivo de controlar o preço do produto e evitar uma crise de superabastecimento. O deputado vai explicar que o governo está impondo medidas antidumping contra o leite da Argentina, Uruguai, Nova Zelândia, Austrália e Comunidade Econômica Européia (CEE) e as ações contra as barreiras impostas ao leite, principalmente em relação ao México. "O México é o maior importador de leite do mundo e não compra uma gota do produto brasileiro", afirma. Vilela conta que as negociações para mudar essa situação já estão avançadas e que existe a possibilidade de a Itambé abrir uma fábrica no país.

Segundo Caixeta, o Estado tem 55 mil produtores de leite e 250 mil empregos diretos, são 5,2 milhões de litros por dia. Ele diz que o setor é estável e que os produtores estão conseguindo controlar a produção e manter os preços. "Para se ter uma idéia, a capacidade industrial é de dez milhões de litros por dia, e nós mantemos, atualmente, a metade dessa produção (5,2 milhões)", esclarece. Ele conta também que Goiás é um estado essencialmente exportador e que o consumo interno ainda é baixo.

Fonte: Diário da Manhã/GO (por Cristiano Torres), adaptado por Equipe MilkPoint