EUA: Tendência de aumento na produção e redução de propriedades leiteiras

De acordo com o médico veterinário norte-americano, especialista em produção de leite, Andrew Johnson, da Total Herd Management Services Inc., a expectativa é que, nos próximos anos, a demanda mundial de leite aumente. O grande motor será a Ásia: para o ano de 2020, a demanda da Índia e da China será superior à produção mundial atual. A qualidade, quantidade e custo do leite serão valores cruciais para se ter acesso aos mercados.

A produção de leite nos EUA, onde mais de 80% é comercializado através de 50 cooperativas, segue aumentando firmemente e continuará aumentando em curto e médio prazo, segundo Johnson. Por outro lado, o número de bovinos leiteiros se manteve estável, enquanto o número de rebanhos vem se reduzindo nos últimos anos.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nos últimos cinco anos, o volume total passou de 71 bilhões a 79 bilhões de quilos de leite produzidos, e a produção média por vaca aumentou de 7,7 mil quilos a 8,4 mil quilos por lactação. As propriedades leiteiras que lideram o crescimento têm mais de 500 vacas totais. Além disso, existe uma mudança contínua na distribuição das vacas leiteiras dentro do país.

O oeste dos EUA passou de 34% para 39% do total de vacas, enquanto o noroeste se manteve estável. O meio-oeste diminuiu de 36% para 34% e o Sudeste passou de 10% para 9%. Especula-se que em 20 anos o oeste norte-americano produzirá 60% do leite nos EUA em propriedades leiteiras com rebanhos de dois mil animais ou mais e uma média de 11,5 mil quilos de leite por vaca por lactação.

As 1,7 milhão de propriedades leiteiras que existiam nos EUA nos anos sessenta se reduzirão para menos de 20 mil no ano de 2014. As propriedades com 500 animais persistirão associadas aos grandes centros de consumo das grandes cidades. Provavelmente, estados como Wisconsin sofrerão mais este processo de transformação, onde atualmente 35% do leite é proveniente de propriedades pequenas, com 50-100 vacas e apenas 15% das propriedades têm 500 animais ou mais.

Fonte: Clarin (por Agustín Rius), adaptado por Equipe MilkPoint