EUA temem agroterrorismo; aftosa é maior ameaça

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Os Estados Unidos estão muito vulneráveis a ataques de agroterrorismo. Esta foi a mensagem passada por vários palestrantes do 1º Simpósio Internacional sobre Agroterrorismo, realizado nesta semana em Kansas City. Patrocinado pelo Escritório Federal de Investigações dos EUA (Federal Bureau of Investigation - FBI), o evento atraiu aproximadamente 800 inscritos.

O professor de medicina veterinária da Universidade do Estado de Iowa, James Roth, disse que o sistema agrícola dos EUA está vulnerável porque tem:

  • Uma densa população de animais;


  • Trânsito intenso de animais;


  • Pobre rastreabilidade animal;


  • Falta de imunidade entre os animais domésticos a doenças animais estrangeiras.
Roth disse também que os EUA não têm laboratórios de biossegurança nível 4, que oferecem o mais alto nível de segurança para pesquisa com patógenos animais, que também são perigosos para os humanos. Ele disse que os pesquisadores precisam trabalhar com o laboratório no Canadá para testar suínos para a vacina contra o vírus Nipah.

Na semana passada, em uma reunião com os editores da Vance Publishing Corp., o secretário da Agricultura dos EUA, Mike Johanns, disse que estava ciente da situação dos laboratórios nível 4 e que trabalhará para resolver esta questão.

Baseado nisso existe a ameaça de grupos terroristas prejudicarem a economia dos EUA. A Agricultura representa US$ 1,24 trilhão, ou 12,3%, do PIB dos EUA. Além disso, 16,7% dos empregos do país estão relacionados à agricultura.

Durante o simpósio, a febre aftosa foi citada como a principal ameaça de agroterrorismo para a agricultura dos EUA.

"Eu concluiria que a febre aftosa é nossa ameaça número 1 de agroterrorismo", disse o vice-reitor associado para cumprimento de pesquisas da Universidade do Estado de Kansas, Jerry Jaax.

Se a experiência na Grã-Bretanha for usada como indicação, um surto de febre aftosa nos EUA seria devastador. A epidemia de febre aftosa do Reino Unido de 2001 resultou no abate de 6,25 milhões de animais - 81% deles de ovinos - e uma perda econômica de 3,1 bilhões de libras esterlinas (US$ 5,80 bilhões), disse a chefe dos planos de contingência do Serviço Estadual Veterinário do Reino Unido, Ann Waters.

Em 12/05/05 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,87180
0,53425 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

Fonte: Dairy Herd Management, adaptado por Equipe MilkPoint
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