EUA: Exportações de lácteos aumentaram 39% em valor em 2004

Publicado por: MilkPoint

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A forte demanda global, certa restrição na oferta em alguns mercados mundiais e um compromisso dos fornecedores dos Estados Unidos em satisfazer canais mundiais levaram a um recorde para exportações de lácteos em 2004.

As exportações de lácteos dos EUA foram de US$ 1,49 bilhão em 2004, 39% a mais do que no ano anterior, de acordo com o Conselho de Exportações de Lácteos dos EUA (U.S. Dairy Export Council - USDEC). Em volume, as exportações aumentaram na maioria das principais categorias.

As exportações de lácteos dos EUA em volume foram de 708,511 milhões de quilos sólidos totais do leite em 2004, 31% a mais do que em 2003. Com este dramático crescimento, as exportações representaram 7,4% da produção de sólidos do leite dos EUA, comparado com 5,6% em 2003.

O crescimento registrado em longo prazo é ainda mais marcante: nos últimos cinco anos, as exportações aumentaram 254,012 milhões de quilos de sólidos do leite, enquanto a produção de leite aumentou somente 493,055 milhões de sólidos do leite. Isso significa que mais da metade do aumento na oferta na indústria de lácteos dos EUA durante os últimos cinco anos foi vendido nos mercados externos.

Já as importações dos EUA aumentaram somente 2% no ano passado, para 420,934 milhões de quilos de sólidos totais do leite. O saldo comercial no setor de lácteos dos EUA cresceu para 287,578 milhões de quilos de sólidos do leite, mais do que os 127,459 milhões de quilos registrados em 2003.

"O sucesso do ano passado nos mostra três coisas", disse o presidente do USDEC, Tom Suber. "Primeiro, que os acordos comerciais funcionam. Por exemplo, as exportações aumentaram significantemente com o México, onde o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement - NAFTA) nos dá acesso preferencial. Nós também vimos aumentos nas vendas para o Chile, onde nós recebemos um melhor acesso ao mercado no acordo de comércio bilateral. Além disso, a China se tornou um mercado significante e em crescimento para nós, particularmente desde que reduziu suas tarifas de importação como parte de seu acordo para entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2000".

"Em segundo lugar, a oferta global de lácteos foi prejudicada pela menor produção na Austrália. Combinado com os limites existentes na OMC nos subsídios de exportação da Europa e do Canadá, a oferta não pode se manter sustentada com um firme aumento da demanda. O aumento dos preços nos mercados globais, particularmente para proteínas lácteas, foi o resultado. Um dólar mais fraco também contribuiu um pouco para os firmes preços globais dos lácteos. Conseqüentemente, nós vimos o que muitos pensavam ser uma impossibilidade teórica: fortes exportações de lácteos dos EUA na presença de firmes preços no mercado doméstico".

"Ainda, se estas condições tivessem prevalecido cinco anos atrás, os fornecedores dos EUA poderiam ter tido maiores dificuldades em capitalizar essas oportunidades, a medida que a maioria não estava pronta para se comprometer e servir compradores estrangeiros. Em 2004, apesar dos retornos atrativos dentro dos EUA, muitos fornecedores mantiveram suas vendas para clientes estrangeiros que trabalharam duro para se estabelecer".

Os EUA estão enfrentando desafios para manter e expandir o papel que as exportações têm no crescimento dos processadores e produtores de lácteos dos EUA.

"Primeiro, a indústria precisa continuar trabalhando com compradores estrangeiros para satisfazer suas demandas de produtos e estabilidade de preços. Depois, precisa trabalhar com os negociadores do governo e com o Congresso para obter um resultado na atual Rodada de Doha de negociações da OMC que permanentemente elimina subsídios de exportação e cria um maior acesso a todos os mercados de lácteos, especialmente os de alto consumo, como Canadá e Europa".

Fonte: Dairy Herd Management, adaptado por Equipe MilkPoint
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