Estudo mostra queda no consumo de leite com aumento no consumo de refrigerantes nos EUA

Um estudo feito pela Universidade de Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostrou que a quantidade de energia que os norte-americanos obtêm através do consumo de refrigerantes triplicou entre 1977 e 2001, enquanto a energia oriunda do consumo de leite caiu. Esses novos padrões podem estar contribuindo para a atual onda de obesidade e alteração nas ingestões de nutrientes entre os norte-americanos.

"De forma geral, a ingestão de energia a partir de bebidas adoçadas aumentou 135% e houve uma redução de 38% do leite", disseram os pesquisadores da Universidade de Carolina do Norte, Barry M. Popkin e Samara Joy Nielsen. "Esta tendência foi direcionada principalmente pelo grande aumento no consumo de refrigerantes pelas crianças e jovens".

Esses resultados podem estar subestimados, disse Popkin, dada a probabilidade de as pessoas tenderem a omitir a quantidade de refrigerante que realmente bebem. Essa pesquisa foi publicada na edição de outubro do American Journal of Preventive Medicine.

A maior queda no consumo de leite ocorreu entre pessoas de dois a 18 anos de idade. Neste caso, o leite declinou de 13,2% do total de energia em 1977 para 8,3% em 2001. Seu consumo de sucos de frutas e refrigerantes dobrou.

Os outros grupos de idade mostraram tendências similares, disse Popkin. A ingestão de refrigerantes foi maior entre pessoas de 19 a 39 anos de idade, enquanto as pessoas de mais de 60 anos de idade beberam três vezes mais refrigerantes do que antes.

Essas tendências também podem ter sido afetadas pelos maiores tamanhos das embalagens oferecidas. "O tamanho das porções de bebidas adoçadas para cada grupo de idade, tanto em casa como nos restaurantes e lanchonetes fast food, aumentou significantemente neste período". As calorias de bebidas adoçadas consumidas durante as refeições dobraram, enquanto a energia do leite consumido nas refeições declinou em 35%.

Popkin alertou que a redução na ingestão de leite leva à redução da ingestão de outros nutrientes, como cálcio e vitamina D, bem como calorias. O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde e pelo Conselho Nacional de Lácteos dos EUA.

Fonte: MedicalNewsToday.com, adaptado por Equipe MilkPoint