Com 32% dos votos Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba foi a opção escolhida pela maioria, seguida por Oeste catarinense e paranaense e Rio Grande do Sul, com 21,8% e 21,4%, respectivamente. Veja os demais resultado na tabela abaixo.
Sul de Goiás:
Entre os 16,2% que escolheram esta opção está João Maroca Russo, diretor da Cotochés, em Sabará/MG; Sebastião Ailton Rodrigues, produtor de leite, em Catalão/GO; José Humberto Vilela, produtor de leite, em Mineiros/GO; Rubens Vicente da Silva Filho, produtor, em Luziânia/GO; Emilson Roberto Curvello Machado, fiscal federal agropecuário do Mapa, em Goiânia/GO; Fernando Campos Mendonça, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos/SP; José do Carmo Honorato de La Cruz, produtor de leite, em Araputanga/MT; José Roberto Busto Libardi, produtor de leite, em Ourinhos/SP; Gilberto Trassi, produtor de leite, em Atalaia/PR; Ricardo Arantes de Sousa, proprietário da Brasil Center Ltda, em Goiânia/GO; Everton Gonçalves Borges, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Ibiá/MG; Paulo César Gonçalves Pinheiro, extensionista da Cooperativa Agropecuária Mista de Bela Vista de Goiás, em Jussara/GO; José Silva de Souza, professor na Universidade Federal do Pará, em Belém/PA; Rubens Laboissiera Loyola, produtor de leite, em Goiânia/GO, entre outros.
Rubens Loyola e Everton Borges acreditam que esta região é a ideal por estar próxima dos grandes centros de consumo, aliada a existência de grandes plantas processadoras de leite.
Ricardo de Sousa, Gilberto Trassi e Sebastião Rodrigues acrescentam algumas vantagens ao Sul de Goiás, como o fato desta região ter estações bem definidas, temperaturas amenas, disponibilidade de mão-de-obra e preço barato de terra.
José Humberto acredita que o Sul de Goiás é a melhor região por ter uma grande produção agrícola, opinião esta compartilhada por Rubens Filho.
João Maroca Russo acrescenta que a produção de leite e o consumo, assim como a sua comercialização são assistidos pelas entidades governamentais em todos os países que levam a sério a atividade. "O Governo de Goiás parece ser o único sensível a esta situação".
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba
Esta foi a opção com maior índice de votação (32%). Entre os participantes que a escolheram, estão: Antonio Julião Bezerra Damasio, diretor-presidente da Cooperativa de Laticínios de Sorocaba, em Sorocaba/SP; Cecília Sley Berger, assistente comercial da Cargill Agrícola S/A, em Uberlândia/MG; Jair Jacinto Cardoso Júnior, sócio-proprietário de um laticínio, em Goiânia/GO; Cilmar Machado dos Santos, produtor de leite, em Lins/SP; Ernando Lopes, produtor de leite, em Belo Horizonte/MG; José Soares de Melo, presidente da Cooperativa Piumhiense de Laticínios Ltda, em Piumhi/MG; Marcos Damazio de Gusmão, fiscal federal agropecuário do Mapa, em Belo Horizonte/MG; Robson Matos Liger, proprietário do Laticínio Sol, em Jequié/BA; Luiz Gustavo Velos Ribeiro, sócio da Leiteria São Luiz, em Campo Grande/MS; Fernando Andrade Garcia, diretor-técnico da Angá Gen, em Entre Rios de Minas/MG; Fernando Peres, produtor de leite, em Patrocínio/MG; Sérgio Luiz Brant de Carvalho, gerente da Fazenda Ponderosa, em Atibaia/SP; Maria Aparecida Pereira, produtora de leite, no Rio de Janeiro; Alencar Mendes Garati, produtor de leite, em Uberlândia/MG; Leonardo Cheib, laticinista, em Pirenópolis/GO; Raymundo Cesar Verassani de Souza, assistente de pesquisa da Embrapa, em Coronel Pacheco/MG; Marcos Ottoni de Almeida, professor da UFSC, em Florianópolis/SC; Ronaldo Carneiro Teixeira, extensionista da Factu-Unaí, em Paracatu/MG; Nilton Roberto Scandiuzzi, extensionista, em Igarapava/SP; José Iêdo Mota Mendonça, produtor de leite, em Maceió/AL; Roberto Cunha Freire, produtor de leite, em Belo Horizonte/MG; Fernando Cerêsa Neto, produtor de leite, no Distrito Federal; Braz dos Santos Neves, pesquisador da Epamig, em Juiz de Fora/MG; Jurandir Santos, produtor de leite, em Araguari/MG; Leonardo Ribeiro Borges, engenheiro de alimentos, em Belo Horizonte/MG, Luiz Fernando Nazareth, técnico de laticínios da Parmalat, em Jundiaí/SP; José Antônio Bernardes, gerente de captação de leite da Embaré, em Lagoa da Prata/MG; Antonio Carlos de Souza Lima Junior, extensionista, em Goiânia/GO; Francisco Ferreira Sobrinho, responsável pela captação de leite da Itambé, em Belo Horizonte/MG e Marcel Scalon Cerchi, laticínio Scala, em Sacramento/MG.
Luiz Nazareth acredita que o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba são a melhor região para se produzir leite, por ter tradição na pecuária leiteira, condições ideais de clima, infraestrutura e localização favorável ao escoamento de produção. Leonardo Borges acrescenta que a capacitação dos produtores rurais desta região a coloca com grande potencial produtivo.
Já Fernando Cerêsa optou por esta região por acreditar que a localização é privilegiada, além de possuir inúmeras indústrias sérias que fornecem subprodutos e processam o leite, mesma opinião que Fernando Andrade Garcia.
Ronaldo Teixeira diz que a região tem boa disponibilidade de insumos, indústrias compradoras, mão-de-obra treinada, consultoria especializada e preços de venda favoráveis. "Se considerarmos o noroeste de Minas ainda temos terras de baixo preço, topografia plana e pluviosidade de razoável a boa", acrescenta.
Luiz Ribeiro aponta alguns fatores para a razão de sua escolha, sendo entre elas a existência de empresas sérias e grandes no setor lácteos, condição climática favorável e por ser historicamente produtora de leite. Leonardo Cheib acredita que esta é a melhor região devido à grande quantidade de cooperativas e fábricas de grande porte instaladas.
Ernando Lopes escolheu esta região por achar que o clima, a qualidade das pastagens, tradição e a proximidade dos grandes centros urbanos sejam fatores primordiais para a produção.
Rio Grande do Sul
Cerca de 21% dos leitores participantes optaram por esta região e entre eles estão: José Francisco Hoff, chefe de fiscalização de leite no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre/RS; Celso Inácio Lermen, gerente de unidade da Elegê, em São Lourenço do Sul/RS; Cláudio Henrique Oliveira de Carvalho, revendedor de produtos para produção, em Guaxupé/MG; Jorge Gruhn Schulz, pesquisador da Universidade de Passo Fundo, em Pedras Altas/RS; Marisa Shirlei Gonsiorkiewicz, compradora de leite da Avipal S/A, em Guarani das Missões/RS; João Vicente Santos da Conceição, estudante, em João Pessoa/PB; Dorival Antonio Gazzetta, produtor de leite, em Nova Odessa/SP; Nelson Moacir Adorian Junior, empresário, em Caçapava do Sul/RS; Jacques Gontijo Álvares, vice-presidente da Itambé, em Belo Horizonte/MG; Lúcio Simões Aquino, proprietário da Agropecuária São Vicente e produtor de leite, em São Borja/RS; Luis Afonso, médico veterinário, em Santo Ângelo/RS; Jovani Scherer Becker, produtor de leite, em Júlio de Castilho/RS; Altair José Stedile, gerente do Banco do Brasil, no Rio Grande do Sul; Nildo José Formigheri, extensionista da Emater, no Rio Grande do Sul; Márcio Fonseca do Amaral, extensionista, em Alegrete/RS; Rudi Branco, presidente da Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos de Teutônia, em Teutônia/RS; Francisco Van Riel, médico veterinário da Cotrijal, em Aceguá/RS; Marcelo Donizete Cerutti, médico veterinário da Cooperativa de Produção Agropecuária Constantina Ltda, em Constantina/RS; João Carlos Monte Blanco, médico veterinário da Prefeitura Municipal de Afonso Rodrigues/RS; Airton José Prediger, gerente técnico da Cooperativa de Languiru, em Teutônia/RS; Danilo Augusto, produtor de leite, em Belo Horizonte/MG; Laércio Barbosa, diretor comercial da Usina de Laticínios Jussara, em São Paulo;Eliziário Pedrozo, produtor de leite, no Paraná, Rodrigo Grob Infante, coordenador técnico da Nutriservice, em Valdiia no Chile, Luiz Eduardo Morais, consultor da Danone, em Poços de Caldas/MG e Ricardo Artuso, sócio-gerente da Lactasul, em Passo Fundo/RS.
Danilo Augusto diz que a região é a melhor por ser um estado bastante desenvolvido em relação a tecnologias aplicadas a bovinocultura, além da mão-de-obra ser bastante esclarecida.
Para Nelson Junior, Dorival Gazzetta e Jorge Shultz, o Rio Grande do Sul é a melhor região por apresentar condições climáticas ideais que estressam menos os animais de alta produção. Já Lúcio Aquino acredita que a grande quantidade de pastagens de qualidades desta região produzidas para a produção de leite é a grande diferença em relação as outras regiões.
Altair José diz que esta região é a melhor pela existência da agricultura familiar consolidada e organizada. Já Luiz Afonso acredita que seja pela tradição da região em produzir leite.
Nildo Formigheri acredita que um conjunto de itens é que torna o Rio Grande do Sul a região ideal para produção de leite. Este itens são: disponibilidade de áreas a serem incorporadas na produção de grãos, produção de forrageiras, clima favorável às raças leiteiras, infra-estrutura de transporte e mão-de-obra familiar. Mesma opinião é compartilhada por Francisco Van Riel e Marcelo Cerutti.
Oeste catarinense e paranaense
Esta opção ficou na segunda posição (21,8%), muito próxima do Rio Grande do Sul. Entre os leitores que votaram estão: Milton Tadeu Barrozo Gamborgi, produtor de leite, em Gaspar/SC; Rodolfo Campolina Marques, produtor de leite, em Belo Horizonte/MG; Márcio Roberto Ramos, engenheiro agrônomo da Emater, em Cascavel/PR; Fernando de Azevedo Rezende, produtor de leite, em Ribeirão Preto/SP; Airton Vanderlinde, supervisor de serviços técnico da Nutron Alimentos, em Xanxerê/SC; Ilton Genir Lanz, vendedor de uma indústria de insumos, em Cunha Porã/SC; Erwin Kreber, account manager da Havero Hoogwegt, na Holanda; Mário Sérgio Ferreira Zoni, médico veterinário, em Ponta Grossa/PR; Juarez Camillo, coordenador de filial da Copérdia e produtor de leite, em Santa Catarina; Luiz Laudelino Soares, sócio-proprietário do Gado & Lavoura Consultoria, em Campo Mourão/PR; Luiz Fernando Vilela de Andrade, médico veterinário da SEAB, em Campina da Lagoa/PR; Ednílson Erasmo de Bitencourt, diretor de departamento da prefeitura municipal de Galvão, em Galvão Garopaba/SC; Roberto Peixoto Medeiros da Silva, produtor de leite, em Abaeté/MG; João Claúdio Zanatta, pesquisador da Epagri, em Lages/SC; Marcelo de Rezende, engenheiro agrônomo, em Mato Grosso do Sul; Carlos Cesar Massambani, funcionário da Nutriphos Ltda, em Umuarama/PR; Clemente da Silva, gerente de mercado da Weizur do Brasil Ltda, em Campinas/SP; Leomar Martinelli, agente de captação da Líder Alimentos, em Crissiumal/RS; Marcelo Rafael Ody, técnico facilitador do projeto Microbacias 2, em Iporã do Oeste/SC; José Roberto Poiatti, da Avipal, em Poços de Caldas/MG, Milton Camolesi de Almeida, comprador da Kraft Foods, em Foz do Iguaçu/PR, entre outros.
Leomar Martinelli acredita que esta região é a ideal por ter clima e solo propícios ao desenvolvimento de pastagens, a cultura do povo ser voltada para a produção de leite e, principalmente, pelo incentivo destas regiões por parte dos governos, opinião compartilhada por Luiz Soares.
Marcelo de Rezende acredita ser a melhor região pela possibilidade de menores custos de produção em relação ao restante do país, em função principalmente do perfil familiar dos produtores destas regiões.
Carlos Massambani escolheu esta opção por vários fatores, entre eles excelente infraestrutura de estradas e indústrias, grande quantidade de minifúndios, mão-de-obra com melhor qualificação, produtores mais dedicados à atividade, bom nível cultural da população, clima ótimo para produção de forrageiras variadas, grande oferta de animais com bom nível genético e fácil acesso a equipamentos modernos para ordenha.
Clemente da Silva diz que o Brasil é muito extenso e cada região dessas mencionadas tem características próprias e adequadas a determinadas raças, como é o caso do sul de Goiás, MS, MT e Rondônia. Entretanto, ele optaria por se instalar no oeste do Paraná que além de ter um clima excelente para as raças puras, tem solo de boa qualidade e topografias propícias a formação de pastagens, além de fenos e produção de grãos de ótima qualidade.
Fronteiras Agrícolas (RO, MT e TO)
Apenas 8,6% votaram nesta opção, sendo eles Antônio de Carvalho Correia Junior, produtor de leite, em São Paulo; Olídia Maria Lima da Silva, produtora de leite, em Campo Grande/MS; Nestor Scherer, administrador rural, em Arroio do Meio/RS; Vanderlei Coelho de Faria, proprietário da Agropecuária Cruzeiro do Sul, em Salvador/BA; Lairton Clóvis Rakowski, supervisor administrativo do Laticínios Morrinhos, em Goiás; Flávio Carneiro Girão, engenheiro agrônomo da Emater, em Ipatinga/MG; Luís Felipe Lopes da Conceição, fiscal federal agropecuário, em Araguaína/TO; Luiz Gustavo Fontoura do Nascimento, promotor técnico da Schering-Plough, em Cuiabá/MT; Paulo Regis Lima de Lavor, diretor da Fazenda Laranjeira, em Iguatu/CE; Clodeildes Lima Nunes, assistente de pesquisa da Embrapa-Acre, em Rio Branco/AC e Pedro Silveira, extensionista, em Gurupi/TO.
Pedro Silveira escolheu esta opção por esta região apresentar terras mais baratas, com a possibilidade compra de insumos mais baratos e por ter ótimas pastagens, podendo ser irrigadas na seca sem problemas de frio e luminosidade. Já Antônio de Carvalho acredita que a mão-de-obra, aliada às terras baratas e ao bom índice pluviométrico, farão a região ser a melhor para se produzir leite.
Clodeides Lima, do Acre, acredita que as regiões de fronteira ainda terá a profissionalização do produtor, e que um incentivo para o crescimento deste produtores são os inúmeros laticínios que se instalam. "Há uma forte concorrência entre as empresas, nas regiões dos municípios de Rondônia que vão do triângulo formado por Rolim de Moura, Pimenta Bueno, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Jarú até Ariquemes, onde temos laticínios de peso como o Tradição, Parmalat, Italac, Três Marias, sem contar com os pequenos como Costa e Costa, Beira-Rio, Rondominas e Arilac. Estas empresas impulsionam a indústria laticinista e incentivam fortemente a produção neste estado", acrescenta Clodeides.
Nestor Scherer acredita que estas serão as áreas de produção de leite com perspectiva de futuro competitivo, uma vez que combinam o binômio do custo mais baixo pela produção a pasto, aliado à escala de produção facilitada pelas áreas com terras baratas. Por outro lado, apesar de não possuírem estrutura e tradição na produção, é possível desenvolverestruturas enxutas, sem os vícios de outras regiões mais antigas.
Luis Lopes lembra que o Tocantins é um estado que, caso aja investimento em infra- estrutura, a médio prazo terá um alto potencial para o desenvolvimento da pecuária leiteira. "Há necessidade de uma procura maior de indústrias de grande porte, tendo em vista que os laticínios são de médio a pequeno porte".
É importante salientar que a enquete MilkPoint não tem o objetivo de quantificar opiniões com rigor estatístico, apenas mostra a opinião dos leitores sobre determinado assunto. Nesta enquete, 286 pessoas de diversas regiões do país votaram.
Joice Rodrigues, da Equipe MilkPoint