Os resultados obtidos através desta enquete demonstram que a grande maioria dos leitores que participaram, gostaria que o Brasil se associasse a Federação Internacional de Lácteos. Apenas 7% dos leitores são contra esta associação e 13% ainda estão indecisos, conforme gráfico abaixo:
Vale a pena o Brasil se associar a Federação Internacional de Lácteos?

O que é a FIL-IDF?
A Federação Internacional de Lácteos (FIL-IDF) foi criada há mais de 100 anos por instituições de diferentes nações, inicialmente da Europa. Cerca de 43 países fazem parte da entidade, totalizando 79% da produção mundial de leite.
A FIL é uma organização do Terceiro Setor (ONG) que funciona como fórum de discussões, normatização de análises e padronização de produtos lácteos. A FIL facilita a comunicação entre o setor lácteo dos países membros da federação, além de servir como um link entre o setor lácteo e outras organizações internacionais. É uma fonte de conhecimento técnico, científico e de influência em questões importantes relativas ao setor de leite.
O Brasil vem discutindo, desde o ano passado, sua filiação à entidade. Dentre os maiores produtores de leite do mundo, o Brasil é o único que não faz parte da entidade. Caso o Brasil venha a se filiar, a entidade pode servir de elo com organizações representativas da cadeia produtiva do leite em todo o mundo e ajudar a colocar o país no mesmo patamar dos maiores produtores mundiais de leite. Há, no entanto, um custo de EUR 33.000 por ano, fora os custos de viagens para participação nos comitês.
A favor da associação
Entre os leitores que são a favor da associação estão Osmar Redin, da Elegê Alimentos SA; Antonio Julião Bezerra Damasio, Diretor - presidente da Cooperativa de Laticínios de Sorocaba; Marcelo de Rezende, coordenador do departamento de assitência técnica ao produtor da Confepar (Cooperativa Centro Agro-Industrial -Ltda); André Zanaga Zeitlin, aluno da Graduate School of Management ,Califórnia-EUA; Edwardus M. M. Van de Groes, proprietário da Triagro Agropecuária Ltda, Holambra-SP; Haroldo Max de Sousa, Presidente da Centroleite; Claudio Pontual Brotherhood Jr., gerente de vendas da DEC Brasil Ltda e Agmon Leite da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Avelinópolis,Goiás, entre outros.
Muitos leitores compartilham da mesma opinião de que vale a pena o país se associar a Federação Internacional de Lácteos. Antonio J. Xavier, da AEX Consultoria, lembra que antigamente, apenas o Dr. Otto Frensel, empresário e profissional do setor, acreditava que o Brasil não podia estar ausente deste fórum e assim bancava todas as despesas, apesar do país ser naquela época, um grande importador de produtos lácteos. "Se o Brasil quiser ser futuramente um grande exportador, existem motivos ainda maiores para esta associação", completa.
Eduardo Fonseca Portugal, consultor e extensionista da FRIMESA, afirma que é necessária a redução da informalidade para que o Brasil possa atender as normas internacionais e fazer parte deste mercado. "Não podemos deixar a IN 51 acabar em pizza", conclui.
Indecisos a associação
Entre os leitores indecisos estão Antonio Soares Martins, sócio da ACR Consultoria Empresarial Ltda; Wesley Braz Santos, supervisor da Italac Alimentos e Alexandro Kolling, extensionista da EPAGRI.
Dentre os 13% que se mostraram indecisos quanto à filiação do Brasil à associação, Antonio Soares Martins, sócio da ACR Consultoria Empresarial Ltda, argumenta que primeiramente é preciso conhecer as intenções e os interesses mútuos." É preciso entender exatamente tudo aquilo que está envolvido nesta associação, as regras precisam ser claras, objetivas e justas", comenta.
Fonte: Equipe MilkPoint