O Brasil chega hoje a um novo patamar da indústria da reciclagem. Tetra Pak, Klabin, Alcoa e TSL Ambiental inauguram em Piracicaba, interior de São Paulo, a primeira unidade capaz de recuperar integralmente uma embalagem longa vida. Há alguns anos este era um problema ambiental crescente e quase uma ameaça ao avanço desse tipo de embalagem. A tecnologia de plasma implantada na usina em Piracicaba terá capacidade para processar entre 32 mil e 40 mil toneladas de caixas longa vida.
Para a Klabin, além de aumentar em 12 mil toneladas o aproveitamento da celulose, que já ocorre em Piracicaba, a TSL Ambiental, responsável pela operação da usina, recuperará entre oito mil e 10 mil toneladas de plástico e de alumínio. Os dois materiais, após a retirada da celulose, eram parcialmente aproveitados como matéria-prima para a fabricação de produtos de baixo valor.
A tecnologia de plasma permitirá a separação do plástico e do alumínio (PA). A partir disso, serão vendidos à indústria de transformação como insumos. Segundo estimativas do grupo de empresas que participaram do investimento de R$ 12 milhões, a capacidade anual chegará à produção de pelo menos 6,4 mil toneladas de parafina e 1,6 mil toneladas de alumínio. Considerados os preços de mercado, a venda destes insumos poderá gerar uma receita anual próxima a US$ 7,8 milhões.
A Alcoa, como uma das financiadoras do projeto, absorverá toda a produção de alumínio. A parafina será vendida à indústria petroquímica para se tornar insumo em processos industriais. De acordo com o gerente de meio ambiente da Alcoa, Maurício Born, mais que reaproveitar uma matéria-prima, o projeto transforma a reciclagem em negócio, base para o avanço dessa indústria no país.
Segundo Fernando Von Zuben, um dos principais articuladores do empreendimento, os ganhos econômicos que serão derivados da reciclagem total da embalagem ajudarão a financiar a cadeia de catadores. Para a Tetra Pak é o que mais interessa. A reciclagem da embalagem hoje é de apenas 25% do total. A meta em cinco anos é alcançar 65%. Para isso, a elevação da remuneração dos catadores pela tonelada da embalagem cartonada será um grande incentivo. A expectativa é que o valor de R$ 250 a tonelada seja ampliado em 30%.
Segundo o diretor-geral da Klabin, Miguel Sampol, além das vantagens econômicas dadas pela tecnologia do plasma aplicada à indústria da reciclagem, o projeto abre a possibilidade da montagem de unidades em outros pontos do país. Ele confirma o interesse da empresa em participar de outros investimentos em áreas onde a reciclagem da celulose é importante.
Independentemente da possibilidade de replicar a experiência de Piracicaba para outras regiões, a tecnologia do plasma, desenvolvida no Brasil, já ganhou expressão internacional. A TSL Ambiental fechou uma parceria com uma indústria papeleira da Espanha para a construção de uma usina de reciclagem de embalagem longa vida em Valência. "Há negociações para a construção de dois outros projetos na Alemanha", diz Fernando von Zuben, da Tetra Pak.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Agnaldo Brito), adaptado por Equipe MilkPoint
Empresas investem em reciclagem de caixas longa vida
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

PAULO RODRIGO FERREIRA DA SILVA
ITAQUAQUECETUBA - SÃO PAULO
EM 20/04/2020
Eu tenho mais de 1 tonelada de caixa de leite vcs compram

MAURICIO DA SILVA
RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO
EM 02/10/2015
eu trabalho com todo tipo de artesanato sustentável, e dou aulas para alunos e 3a. idade