Rodrigues está no centro de uma polêmica com o agronegócio nacional, que o próprio carnavalesco alega tratar-se de um mal-entendido. Entretanto, de acordo com as principais entidades do setor, o enredo elaborado para o desfile da Imperatriz deste ano contém estereótipos que prejudicam a imagem da agricultura brasileira, além de reverberar mensagens difundidas por movimentos político-ideológicos contrários à atividade rural.
“Nossa intenção não é polemizar ainda mais com o Cahê, e sim buscar a conciliação entre a agricultura e o samba, ante o noticiário negativo dos últimos dias. A ideia é analisar em conjunto, com base em dados e pesquisas, os aspectos mais importantes do agronegócio brasileiro, inclusive os mitos que têm sido construídos por setores contrários à agricultura. Seria um bate-papo informal, sem fazer juízo de valor, em um clima de confraternização, antes ou depois do Carnaval, de acordo com a agenda do carnavalesco”, resume André Dias, sócio-diretor da Spark.
Segundo André Dias, a contextualização sobre o uso de agrotóxicos é um dos pontos do enredo da Imperatriz que mais incomodaram às lideranças do agronegócio. “A ala chamada de ‘Fazendeiros e seus agrotóxicos’ atinge em cheio à imagem do produtor rural e à da indústria. Este setor investe bilhões de dólares para assegurar a chegada de alimentos à mesa das pessoas", acrescenta o executivo.
“O enredo da Imperatriz poderia dar uma grande contribuição ao campo e à sociedade se tivesse focalizado o uso correto desses produtos indispensáveis à produtividade das lavouras. Tais insumos têm alto valor agregado, são resultantes da ciência, e sua utilização demanda cuidados técnicos e prescrições agronômicas para a proteção da fauna e da flora”, exemplifica Dias.
Escola de samba Imperatriz Leopoldinense criticará o agronegócio no carnaval 2017
As informações são do Portal Nacional de Seguros.