Elegê pretende retomar exportações de leite

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Depois de segurar as exportações de leite em pó no primeiro semestre por conta da expectativa, não confirmada, de escassez do produto no mercado interno, o laticínio Elegê, do grupo Avipal, decidiu retomar os embarques com "toda a força" na segunda metade do ano, segundo o gestor comercial da empresa, José Carlos Aguilera. A informação é do Jornal Valor. A idéia é elevar do patamar atual de 1,5% para 10% até o fim de 2005 a participação das vendas externas na receita do segmento lácteo, que de janeiro a junho deste ano somou R$ 514 milhões, o equivalente a 48,5% do faturamento bruto consolidado do conglomerado.

A Avipal iniciou as exportações de leite em pó em agosto de 2004 e fechou o ano com seis mil toneladas embarcadas para Oriente Médio e África.

A estratégia de longo prazo leva em consideração uma taxa de crescimento anual do consumo de leite de 4% ao ano, combinada com a gradual redução dos subsídios na Europa. Segundo o executivo, outro fator que favorece o Brasil é a escassez de áreas para expansões na Nova Zelândia, maior exportador mundial de leite.

No primeiro semestre deste ano, as exportações de leite em pó da Avipal limitaram-se a 1,5 mil toneladas e R$ 7,7 milhões, concentradas no primeiro trimestre, enquanto as vendas no mercado interno somaram 13,4 mil toneladas. A partir de abril o grupo conteve os embarques porque entendia que poderia haver desabastecimento no mercado interno por conta da estiagem no Rio Grande do Sul e em outras regiões do país, mas o que se viu foram criadores compensando a quebra da safra de grãos com maior produção de leite. Resultado: no segundo trimestre a oferta anualizada chegou a exceder em dois bilhões de litros a produção de 24 bilhões de litros por ano no país.

Agora, apesar do câmbio, a Avipal pretende fechar 2005 com embarques médios de duas mil toneladas mensais no segundo semestre. Isso daria um total de 13,5 mil toneladas no exercício, 125% mais que em 2004. Em março a empresa conclui a duplicação da capacidade de produção de leite em pó da planta de Teutônia (RS), para quatro mil toneladas por mês, com aporte de R$ 3 milhões.

Segundo Aguilera, o aumento da produção de leite em pó foi possível com o arrendamento por dez anos da Laticínios Tuiuti (Leite Shefa), de Amparo (SP), desde fevereiro. A capacidade da unidade foi duplicada para dez milhões de litros por mês com um investimento de R$ 30 milhões (suficiente para suprir um terço das vendas da empresa no Sudeste), liberando volume equivalente de matéria-prima para produção 1,2 mil toneladas por mês de leite em pó no Rio Grande do Sul.

Fonte: Valor (por Sérgio Bueno), adaptado por Equipe MilkPoint
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