EGF: preços fixados ficaram abaixo do esperado pelo setor

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No último dia 15 foi publicado no Diário Oficial o Decreto no 5.241, que fixa os preços mínimos para produtos agropecuários para a safra 2004/2005. O governo federal, no caso do leite, fixou os seguintes preços mínimos para obtenção do EGF: R$ 0,38 por litro (Sul e Sudeste), R$ 0,36 por litro (DF, MS e GO), R$0,33 por litro (Região Norte e MT) e R$0,38 por litro (Nordeste).

As regiões sul e sudeste, os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal serão os primeiros a ter acesso os empréstimos do governo, a partir de outubro deste ano. Para o estado do Mato Grosso e para a região norte o EGF estará disponível a partir de dezembro. A região Nordeste terá acesso em março de 2005.

O mecanismo de crédito para armazenagem do produto deve ser utilizado por muitas indústrias, segundo Marcelo Costa Martins, do departamento econômico da CNPL (Comissão Nacional de Pecuária de Leite) da CNA. Marcelo acredita que ainda existe uma diferença de aproximadamente 10% na quantidade produzida nos períodos de safra e entressafra. Desta forma, torna-se essencial o crédito para armazenagem, pois assim a indústria pode segurar seu produto e disponibiliza-lo no mercado interno e externo no momento mais propício.

Ao contrário do ocorrido em 2003, quando houve um atraso na liberação dos valores e do regulamento para o EGF, fazendo com que os produtores de leite ficaram quase dois meses sem crédito no período de safra, este ano o governo liberou os valores antecipadamente. Este fato pode ser considerado um fator positivo para os produtores.

Porém Martins diz que os preços mínimos apresentados pelo governo ficaram muito abaixo do requisitado. Para a CNA os preços mínimos do litro de leite nas regiões sul e sudeste deveriam ser de R$ 0,44, com deságio para as outras regiões. A necessidade de preços mínimos mais altos é confirmada por Renato José Beleze, presidente da Confepar (Cooperativa Central Agro-industrial), do Paraná, que diz que os valores fixados pelo governo estão muito aquém do desejado pela cooperativa. Beleze afirma que os baixos preços podem acabar desestimulando os produtores a utilizarem o EGF.

Além dos baixos valores, os produtores enfrentam outras dificuldades, tais como falta de agilidade e alto grau de exigência no processo de concessão do crédito por parte dos bancos. Martins afirma que no caso do EGF o produto está atrelado ao empréstimo, não sendo necessário o elevado número de garantias exigido pelos bancos.

Fonte: Equipe MilkPoint
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