Crise de empresas pode ser indício de dificuldades para laticínios
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"Os reajustes ao pecuarista foram maiores que os repasses ao consumidor e, com isso, a margem da indústria está baixa", avaliou o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Leandro Ponchio.
O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da CNA, Rodrigo Alvim, disse que para as empresas que não são exportadoras, fica difícil acompanhar o aumento do preço pago pelo litro do leite. A analista da Scot Consultoria, Cristiane Turco, também atesta a reclamação dos laticínios, em todo o país, de não conseguirem repassar os preços.
"A saída seria a exportação, mas com o câmbio atual está difícil. Então, se o mercado interno não absorver, as indústrias vão ter de diminuir o valor pago ao produtor", avaliou o presidente do Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil), Carlos Humberto Carvalho.
Para Ponchio, a tendência é de que assim como aconteceu no setor primário em 2001, quando muitos produtores saíram do mercado, haverá concentração de laticínios. "É um ajuste de mercado", apontou Alvim.
O presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, não vê problemas nessa "futura concentração". "A concentração diminui o custo de produção dos laticínios, que pagam melhor ao produtor e vendem mais barato ao consumidor", acredita.
Na avaliação de Carvalho, são crises pontuais. "Uma das indústrias está em um ramo muito disputado, longa vida, enquanto a outra atua com produtos exportáveis e o câmbio não favorece o comércio exterior", considerou.
No início do ano, a Nilza enfrentou dificuldades para pagar seus fornecedores. O mesmo ocorre hoje com a Mococa. Para a diretoria da Nilza, a crise foi provocada pela reestruturação societária. A Mococa não se pronunciou sobre o assunto.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe MilkPoint
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ROLIM DE MOURA - RONDÔNIA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 22/06/2005
A grande preocupação é, sim, por estarmos em plena entressafra e a grande maioria das indústrias terem estoques de produtos, principalmente queijo, em uma época que o leite deveria estar sendo disputado, literalmente, a tapas.
Hoje, grandes indústrias que compravam leite "spot" estão cancelando as compras. Portanto, todo este leite, que seria transformado em longa vida, leite em pó, leite condensado, está sendo desviado para outro tipo de produto, na maioria das vezes, queijo. E os preços no atacado estão, em muitos lugares, até 25% mais baixos que no ano passado, enquanto que o preço do leite chega a estar até 20% mais alto.
Portanto é bom todos, indústria, produtores, e todos os outros envolvidos na cadeia do leite, verem que a crise é muito mais séria do que muitos pensam.

MOCOCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 20/06/2005
Hoje, em plena entressafra, com falta de leite, com condições péssimas de pastagens em função das condições climáticas, além de custos operacionais bem maiores, as indústrias forçam para uma queda de preço.
Alegam que estão com dificuldades de vendas. O mercado não está comprando, e os supermercados estão forçando para baixo os preços.
Sempre a mesma ladainha. A conversa não muda.
Os produtores que tem que se adequar.
Acompanho de camarote os "problemas" destas duas empresas e tenho absoluta convicção e certeza que seus problemas são meramente decorrentes da falta de um bom planejamento e controle, do que condições atuais de mercado.